Em 10 de dezembro do ano passado, a Justiça italiana condenou, em segunda instância, o atacante Robinho, atualmente sem clube, e seu amigo Ricardo Falco a nove anos de prisão por terem participado de um estupro coletivo. Os detalhes da sentença proferida pela juíza Francesca Vitale, no entanto, só foram revelados nesta terça-feira, 9. Nela, as autoridades locais afirmam que o atacante e seus amigos demonstram “desprezo” pela vítima, uma jovem albanesa, estuprada em uma boate na cidade de Milão, em 2013. Além disso, a sentença divulgada pela Corte de Apelação de Milão diz que “a vítima foi humilhada e usada pelo jogador e seus amigos para satisfazer seus instintos sexuais.”
“O fato é extremamente grave pela modalidade, número de pessoas envolvidas e o particular desprezo manifestado no confronto da vítima, que foi brutalmente humilhada e usada para o próprio prazer pessoal”, escreveu a magistrada italiana Francesa Vitale, referindo-se a Robinho.
Em conversas interceptadas pela Justiça italiana e divulgadas no ano passado, Robinho ridiculariza o caso e recomenda que seu companheiro, Ricardo Falco, retorne ao Brasil para evitar a prisão. “Cara, você quer um conselho? Não vai nem lá, voltar pro Brasil, pelo menos tu não fica em cana (risos)”, falou o atacante, em conversa que teria acontecido cerca de um ano após o crime – a transcrição, por sua vez, foi anexada ao processo em 18 de novembro de 2020. “Se os caras mandarem eu ir lá depor vai ser foda, vou falar o que pra minha nega? Vou lá depor pra quê? Oito cara [sic] rangaram a mina… Ó que fase que eu tô”, completou Robinho, que teve o seu contrato com o Santos rescindido após as primeiras gravações sobre o episódio surgirem à tona.
Fonte: Jovem Pan