Sabatina de novo indicado ao STF pode ter clima hostil no Senado

Avaliação majoritária é de que hoje ele ainda não teria votos suficientes para ser aprovado

Com a iminente aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, uma nova vaga se abre a partir do dia 12 de julho. Vai ser a oportunidade do presidente Jair Bolsonaro fazer a segunda indicação à Corte, depois de nomear o o ministro Nunes Marques no ano passado. O indicado deve passar pelo crivo do Senado. Ele é sabatinado pelos senadores na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, caso aprovado pelo colegiado, vai pela análise do plenário — onde precisa do voto de ao menos 41 dos 81 membros da Casa. A tendência é que Bolsonaro encontre um cenário menos favorável do que na indicação anterior.

Senadores avaliam que, em meio a CPI da Covid-19, que atinge diretamente membros do governo federal, um nome mais ligado ideologicamente ao presidente deve encontrar resistência. Jair Bolsonaro tem prometido, desde 2019, indicar um ministro “terrivelmente evangélico”. Porém, parlamentares de centro e oposição, se mostram poucos dispostos de votar em um nome mais conservador. Com isso, governistas avaliam que o presidente pode aguardar algumas semanas para fazer a indicação. O mais cotado segue sendo o atual ministro da Advocacia-geral da União, André Mendonça, que tem sido presença constante no Senado e tem visitado gabinetes. No entanto, a avaliação majoritária é de que hoje ele ainda não teria votos suficientes para ser aprovado.


Fonte: Jovem Pan

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