Saiba como funciona o coquetel de medicamentos contra a Covid-19

Remédios são desenvolvidos pela farmacêutica Roche

Com uso emergencial aprovado nesta terça-feira, 20, o coquetel de anticorpos para tratamento da Covid-19 deve neutralizar o vírus e impedir a sua propagação nas células de pacientes contaminados, o que tem potencial de reduzir a hospitalização no Brasil. Estudos que mostram o efeito da soma de dois anticorpos monoclais diferentes (casirivimabe e imdevimabe, conhecido como Regn-CoV2) desenvolvidos de forma experimental pela farmacêutica suíça Roche foram analisados e validados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) após receberem autorização nos Estados Unidos, Canadá e Suíça. “Os anticorpos têm por objetivo se ligar à essa coroa do vírus e impedir que esse vírus entre na célula e possa replicar esse material. A ideia dos anticorpos monoclonais e dessa proposta que a Roche apresentou para uso emergencial é justamente essa: que neutralize o vírus para que ele não se propague nas células infectadas”, explicou o Gerente-geral de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes.

Como o medicamento é aplicado?

Apesar do apelido de “coquetel”, a soma de medicamentos não é ingerida pelo paciente por via oral, e sim administrada de forma intravenosa similar à um soro fisiológico que será dado sob supervisão clínica nos pacientes diagnosticados em até 10 dias após o início dos sintomas. “Pelo estudo que a gente colocou, a gente viu que na verdade a pessoa vai usar 600 miligramas de cada um desses produtos. Não é uma injeção. É uma infusão. Então ela tem que ficar ali com aquela bolsa que fica sendo administrada ao longo do tempo e ela vai usando por um período específico”, disse Gustavo Mendes. Depois de ter o coquetel administrado, o paciente volta para casa. Ele é fornecido em dose única.


Fonte: Jovem Pan

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