O presidente da República, Jair Bolsonaro, enviou uma carta ao líder dos Estados Unidos, Joe Biden, reafirmando o compromisso ambiental do Brasil. No documento, o mandatário brasileiro assegura a promessa do país de eliminar o desmatamento ilegal até 2030. Para que isso seja realidade, no entanto, é preciso investir no controle e fiscalização, assim como no desenvolvimento econômico da região amazônica, defendeu o ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta quinta-feira, 15. Embora seja ousada, Salles acredita que promessa é uma “meta que dá para cumprir”. “Colocamos estrutura de batalhão para ações táticas ambientais com recursos do orçamento, recursos brasileiros e também planejamento que permite que esse volume de comando e controle seja aumentado substancialmente se houver recursos. É abertura de possibilidade da cooperação [internacional], colocamos a parte brasileira que colocamos fazer com nosso próprio recurso e colocamos também o recuso da possibilidade estrangeira. De outro lado, a outra parte são os incentivos e ações estruturantes, tem que fazer a regularização funcionária, tem que colocar a bioeconomia, dar incentivo econômico para as pessoas que vivem nessas regiões com maior índice de desmatamento.”
Às vésperas da cúpula climática, marcada para o dia 22 de abril, a posição de Bolsonaro é entendida pelo ministro como resultado da relação entre os países. Ricardo Salles lembrou das críticas feitas após a eleição de Joe Biden e das previsões de ruptura do relacionamento entre as nações, rebatendo que as narrativas não se concretizaram. “São os planos de ações, estratégias, visões, reconhecimentos dos reais motivos do desmatamento. São 23 milhões de pessoas deixadas para trás, outros ministros e outros governos não cuidaram das pessoas, elas continuam vivendo na região mais rica do país com o pior índice de desenvolvimento humano. Como apresentamos essas medidas de combate ao desatamento ilegal, de comando e controle, também apresentamos medidas de incentivo econômico, de apoio às pessoas, andam os dois caminhos ao mesmo tempo e é isso que se discutirá no que diz respeito ao desmatamento”, disse, ressaltando que o Brasil é responsável por apenas 3% das emissões globais, enquanto Estados Unidos, Europa e China representam 15%, 14% e 30%, respectivamente. “O Brasil se apresenta, se voluntaria, se coloca como um dos que vai ajudar a resolver, também queremos que o contrário aconteça. Da mesma forma que ajudamos a resolver o problema das mudanças climáticas, que não é causado majoritariamente por nós, também queremos ajuda no desmatamento ilegal.”
Fonte: Jovem Pan