O São Paulo anunciou na manhã desta segunda-feira, 7, que irá analisar a condição de conselheiro vitalício de Rogério Caboclo, afastado da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) após ser acusado de ter praticado assédio sexual e moral contra uma funcionária da instituição. Filho de Carlos Caboclo, ex-dirigente do clube, Rogério possui a condição também por ter sido diretor adjunto de marketing do Tricolor entre 1991 e 1992, retornando em 2000 para assumir a função de diretor financeiro na gestão de Paulo Amaral.
“O São Paulo Futebol Clube tomou ciência pela imprensa da situação do conselheiro Rogério Caboclo, afastado da presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Por meio dos Conselhos Deliberativo e Consultivo, o São Paulo Futebol Clube aguardará a análise do Comissão de Ética da CBF e buscará informações sobre o caso para deliberar quais medidas cabíveis serão tomadas dentro do previsto pelo Estatuto do clube — sendo que a apuração transcorrerá de maneira confidencial”, comunicou o Tricolor, que tem em seu Estatuto um artigo que trata sobre a perda de mandato ou punições para conselheiros que descumpram normas dentro e fora do clube.
De acordo com a funcionária da CBF, Caboclo a importunava desde abril do ano passado em viagens e reuniões, até mesmo na presença dos diretores da Confederação. Na denúncia, ela relatou um episódio em que foi forçada a comer um biscoito de cachorro enquanto era chamada de “cadela” e outro em que o dirigente perguntou se ela se “masturbava”, além de ter sua vida sexual exposta com narrativas falsas criadas por Caboclo. Os registros foram gravados pela vítima e divulgados na noite do último domingo, 6, ao longo do programa “Fantástico”, da Rede Globo. Vice-presidente mais velho da instituição, o Coronel Nunes assume o lugar de maneira provisória.
Fonte: Jovem Pan