Um pesquisador alemão que passou mais de dois anos estudando a vida de anfíbios na região amazônica pertencente à Guiana, Guiana Francesa e Brasil descobriu a existência de um novo gênero de “sapos zumbis”, animais que vivem em áreas remotas, têm cerca de quatro centímetros e hábitos noturnos. Os animais fazem barulhos específicos que chamaram a atenção do especialista. A princípio, Raffael Ernst tinha viajado à região para pesquisar como a falta de biodiversidade causada pelos humanos impactava os anfíbios da Amazônia, mas se deparou com a nova espécie e chamou reforços, se juntando a um grupo internacional de cientistas que fizeram por meses trabalho de campo na floresta. As condições de busca pelo animal inspiraram o alemão na hora do batismo da nova espécie de “sapo alaranjado”, encontrado na lama e com maior atividade em períodos de chuva.
“Escolhemos este nome porque os pesquisadores pareciam verdadeiros zumbis enquanto cavavam o chão procurando pelos sapos”, afirmou em entrevista ao jornal alemão Deutsche Welle. Nas pesquisas de campo, o herpetólogo encontrou três espécies diferentes do mesmo gênero de sapo, classificado como Synapturanus. Ele estima, porém, que a região amazônica tenha até seis vezes mais espécies do gênero do que as encontradas. O animal não apresenta qualquer risco ao ser humano, mas se esconde com facilidade e passa pouco tempo exposto, fazendo a maior parte das suas atividades na lama. Entre as diferenças da espécie em relação a outras estão olhos menores, falanges com tamanho reduzido e um ‘corpo mais largo'”.
Fonte: Jovem Pan