O Ministério da Saúde afirmou que as alterações de dados de políticos no cadastro do Sistema Único de Saúde (SUS) foram feitas por uma “pessoa credenciada”. Na última semana, parlamentares de esquerda usaram suas redes sociais para denunciar a mudança de suas informações pessoais no SUS. Entre eles, a deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, o ex-candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) e a ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS). Gleisi e Manuela foram dadas como mortas e tiveram os cadastros cancelados. A deputada ainda teve seu nome registrado com o apelido “Bolsonaro”. Ambas atribuíram as alterações a ataques hackers sofridos no sistema do Ministério da Saúde. A pasta, no entanto, afirmou que as mudanças foram realizadas por uma pessoa vinculada ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).
“O Ministério da Saúde informa que verificou uma alteração na base do CNS (Cartão Nacional de Saúde) realizada por uma pessoa credenciada para utilizar o sistema de cadastro de dados. Cabe esclarecer que já foi solicitado o bloqueio da credencial usada nestas ações”, diz nota enviada à Jovem Pan. “O acesso ao CNS está disponível para os profissionais de estabelecimentos de saúde de todo o Brasil, que devem estar devidamente cadastrados e vinculados ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) do estabelecimento de atuação, seja público ou privado. Cabe ressaltar que é necessário ter o perfil de operador do sistema para efetuar edição nos registros”, explica o ministério.
Além de denunciar que dados como os nomes de seus pais foram alterados por “ofensas” e “xingamentos, Boulos também afirmou que ainda não constava no sistema o recebimento da primeira dose da vacina contra a Covid-19, o que ocorreu no último dia 14 de julho. “A pasta esclarece que as informações de vacinação disponibilizadas por meio do Conecte SUS Cidadão dependem dos registros enviados por estados e municípios. Caso não esteja disponível após 10 dias da imunização, o Ministério orienta que o cidadão procure a unidade de saúde”, finaliza.
Fonte: Jovem Pan