O Ministério da Saúde estuda a implantação de autotestes para a Covid-19 no brasil. Nos Estados Unidos e na Europa, eles são utilizados em larga escala e pode ser encontrado por preços acessíveis em farmácias ou outras lojas. Aqui no brasil, porém, eles não são autorizados pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O presidente executivo da câmara brasileira de diagnostico laboratorial, Carlos Gouvêa, explica o funcionamento do produto. “Ele é realizado pela própria pessoa, uma pessoa leiga em termos de saúde que teria que ter condições de ler a bula, seguir os passos, fazer e conseguir interpretar os resultado com clareza, sem grandes dúvidas”, pontua.
Gouvêa diz que os autotestes avançaram muito e que são confiáveis, mas destaca que cada quadro exige um tipo de exame. “Tem situações em que precisaria verificar, talvez não com uma rapidez tão grande, ou não com uma situação de tanta aflição, mas quando se quer checar, que seria o caso de aplicação do autoteste. Alguém que acabou de passar o Réveillon e precisa visitar um parente, um avô ou uma avó, por exemplo, seria aconselhável fazer um teste antes de ir. Você vai enfrentar as filas que estamos vendo agora nas farmácias, nos laboratórios, nas UBS e correr o risco de ter, infelizmente é uma possibilidade, mais um ambiente de aglomeração com possibilidade de contaminação, é melhor não”, pontua.
Em nota a Anvisa disse que os autotestes são para o acompanhamento das condições de uma doença ou detecção com objetivo de auxiliar o paciente, mas que não são conclusivos para o diagnóstico, que são indicados para triagem e apoio a estratégia de monitoramento. A agência esclareceu que, pelas atuais regras, iniciar o processo de registro destes produtos está condicionado a uma política de saúde pública estabelecida pelo Ministério da Saúde. Em nota, o ministério informou que a Pasta estuda as especificidades dos autotestes para avaliar a implementação deste tipo de exame no país.
*Com informações da repórter Carolina Abelin