A sede do jornal Clarín, um dos maiores em circulação na Argentina, foi atacada com coquetéis molotov arremessados por pelo menos nove pessoas encapuzadas na noite desta segunda-feira, 22. Imagens de câmeras de segurança do prédio, localizado em Buenos Aires, registraram o momento no qual o grupo se aproxima do prédio e joga entre sete e oito objetos em chamas, fugindo em seguida. De acordo com o jornal, o caso foi levado à polícia e é investigado como “intimidação pública”. Nenhuma pessoa ficou ferida e nenhum dano material foi registrado além das manchas de combustível na frente do prédio. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas não precisou agir contra o fogo, que se extinguiu sozinho.
Em resposta, a direção do jornal divulgou um comunicado pedindo investigação do ocorrido. “Lamentamos e condenamos esta grave ação, que, à primeira vista, parece ser uma expressão violência de intolerância contra um meio de comunicação. Esperamos urgentemente o esclarecimento dos fatos”, diz trecho do documento. O ataque ocorre poucas semanas após as eleições que renovaram parte da Câmara e do Senado do país, sinalizando o “derretimento” de parte do apoio a Alberto Fernández e o avanço da direita conservadora em algumas localidades argentinas. Candidatos recém-eleitos e outros políticos do país, como o ex-secretário de Cultura, Pablo Avelluto, usaram as redes sociais para repudiar o ataque. “A violência não pode sair impune”, declarou o representante do governo Macri. O ministro de Segurança do governo de Fernández, Aníbal Fernández, também usou as redes para se posicionar “acredito que os autores do crime serão identificados e punidos”, disse.
Veja, abaixo, vídeo com ação contra o jornal:
???? Atacan con bombas molotov el edificio de Clarín. Al menos nueve personas arrojaron entre siete y ocho bombas contra el frente del edificio. Más: https://t.co/8s69kxrxLY pic.twitter.com/lqb5gU2Xru
— Clarín (@clarincom) November 23, 2021
Fonte: Jovem Pan