A Casa Branca afirmou nesta terça-feira, 9, que a aproximação com Cuba não está entre as prioridades do presidente Joe Biden. No entanto, o governo dos Estados Unidos garantiu que pretende rever algumas decisões que foram tomadas durante o mandato de Donald Trump, que colocou a ilha na lista dos países patrocinadores do terrorismo. Enquanto isso não acontece, Cuba está buscando maneiras de garantir a sua “soberania alimentar” diante das sanções impostas pelos Estados Unidos. Um importante passo nesse sentido foi um acordo de cooperação bilateral na agricultura com a Venezuela. Assinado nessa mesma terça-feira, 9, o tratado prevê intercâmbio de conhecimentos, plantio de cereal, hortaliças e tubérculos e iniciativas no campo da pecuária e da piscicultura.
A escassez de alimentos e as longas filas para obtê-los são um dos efeitos mais graves da profunda crise em Cuba, um país que importa 80% dos alimentos que consome. A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, defendeu que a esfera alimentar é um dos alvos utilizados para “chantagear” tanto o seu país quanto Cuba, que são alvo do “bloqueio criminoso dos Estados Unidos”. As duas nações são aliadas políticas e econômicas próximas, que assinaram mais de 13.000 acordos em diversas áreas. Há duas décadas, vigora uma colaboração médica entre os países, que também mantém um acordo sob o qual Cuba recebe petróleo bruto a preços preferenciais em troca do envio de serviços profissionais, principalmente de professores, para a Venezuela. Para o futuro, os governos avaliam possíveis mecanismos de cooperação na mineração e nas questões energéticas.
Fonte: Jovem Pan