Milhares de pessoas foram para rua no domingo, 20, em Dakar, no Senegal, para reforçar a repressão contra os homossexuais. A manifestação teve início depois que um projeto de lei para criminalizar a homossexualidade foi rejeitado no Parlamento. Atualmente, a Constituição do Senegal pune com até cinco anos de prisão e multas de até 1.500.000 francos CFA (equivalentes a mais de R$ 13 mil) atos contra a natureza com indivíduos do mesmo sexo. Em entrevista a BBC, a estudante de Letras, Aminata Sow, defendeu o ato e disse que a homossexualidade ainda não ter sito completamente criminalizada no país é um grande problema, porque a cultura e as religiões de Senegal não aceitam homossexuais. “A homossexualidade não pode ser tolerada no Senegal”, diz Sow.
A manifestação, liderada pelo coletivo And Sam Djiko Yi (Juntos Protegemos Nossos Valores), contou com milhares de pessoas e 125 associações do país. Eles foram para as ruas exigindo o endurecimento da legislação do país contra homossexuais. O projeto de lei que está em discussão no Parlamento, propõe aumentar de cinco para dez anos de prisão, e a multa passar a ser de 5 millions de francos, o equivalente a R$ 44,5 mil. Essas medidas não valem apenas para homossexuais, também entram práticas como zoofilia e necrofilia que são consideradas similares ao envolvimento de pessoas do mesmo sexo.