Sobreviventes da Covid-19 têm 59% mais chances de morrer 6 meses após a infecção, mostra pesquisa

A infectologista da Rede D'Or Raquel Muarrek ressaltou que é importante entender que a Covid-19 é sistêmica

Alguns dos efeitos da Covid-19 a longo prazo já são conhecidos pelos médicos e cientistas, mas um estudo publicado na revista Nature no mês de abril acendeu mais um alerta sobre a chamada Síndrome Pós-Covid. A pesquisa, considerada uma das maiores sobre o tema, usou o banco de dados nacionais de saúde do Departamento de Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos para identificar as sequelas da doença causada pelo coronavírus. Além dos sintomas que podem permanecer por um longo período, como é o caso da fadiga, dor de cabeça e queda de cabelo, os infectados pela Covid-19 tem 59% mais chances de morrer nos seis primeiros meses após a infecção.

Entre as complicações, foram registradas alterações no sistema respiratório e nervoso, distúrbios neurocognitivos, relacionados à saúde mental, metabolismo, alterações cardiovasculares e gastrointestinais. Em janeiro, um artigo de um estudo que analisa mais de 50 sintomas da doença a longo prazo pré-publicado por pesquisadores dos EUA, México e Suécia mostrou que a “Covid longa” acomete cerca de 80% dos infectados pelo coronavírus. Quase 50 mil pacientes foram analisados e os sintomas mais comuns relatados foram fadiga (58%), dor de cabeça (44%), distúrbio de atenção (27%), queda de cabelo (25%) e dispneia (24%). Entre outros menos comuns estavam ansiedade (13%), depressão (12%), zumbido no ouvido (15%), insuficiência cardíaca (11%) e problemas digestivos (12%).


Fonte: Jovem Pan

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