O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira, 12, a abertura de mais uma investigação contra o presidente Jair Bolsonaro por suposto vazamento de um inquérito sigiloso da Polícia Federal. Moraes atendeu a um pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que apresentou uma notícia-crime contra Bolsonaro por divulgação de “informações confidenciais” do documento que investiga um ataque ao sistema do Tribunal em 2018. A íntegra da investigação foi publicada pelo presidente em suas redes sociais no último dia 4, em tentativa de provar que houve fraudes nas eleições.
Moraes determinou que as empresas removam os links que contém informações sobre o inquérito, e o afastamento do delegado da PF que era responsável por ele. Além disso, também afirmou que o delegado que lidera as investigações e o deputado Filipe Barros (PSL) deverão prestar depoimentos à Polícia Federal. “Há indícios, portanto, de que informações e dados sigilosos e reservados do Tribunal Superior Eleitoral tenham sido divulgados, sem justa causa, inicialmente pelo Delegado de Polícia Federal, e, na sequência, pelo Deputado Federal Felipe Barros e pelo Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro. Tais fatos revelam elementos indiciários da prática do delito previsto no §1º-A do art. 153 do Código Penal, com potencial prejuízo para a Administração Pública”, diz o documento.
Fonte: Jovem Pan