STF começa a discutir delação que acusa Toffoli de venda de sentenças no dia 21

No Senado, onde tramitam pedidos de impeachment contra ministros do STF, congressistas chegaram a defender a investigação

A validade da colaboração premiada do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral será definida em julgamento no plenário virtual do Supremo Tribunal Federal. O ministro Edson Fachin marcou tal julgamento para o próximo dia 21 de maio e segue até o dia 28. Com isso, o tema passará para a análise de seus pares do tribunal. Isso acontece na esteira do pedido da Polícia Federal para instauração de inquérito que apure possível venda de sentenças no Tribunal Superior Eleitoral pelo ministro Dias Toffoli. Relator da Lava Jato no Supremo, Fachin homologou a delação de Cabral à PF em fevereiro de 2020.

A Procuradoria-geral da República estuda aguardar o desfecho deste julgamento antes de se posicionar sobre o pedido da PF. Na delação, Cabral afirma que Toffoli recebeu R$ 4 milhões para favorecer dois prefeitos fluminenses em processos no TSE. No STF, o caso é tido como difícil de prosperar pois há falta de elementos mais fortes que comprovem o crime. Há até quem fale que a situação foi estabelecida para criar desgaste na imagem do Supremo. Dias Toffoli diz não ter conhecimento dos fatos mencionados e que jamais recebeu valores ilegais.

No Senado, onde tramitam pedidos de impeachment contra ministros do STF, congressistas chegaram a defender a investigação. O senador Lasier Martins (Podemos) classificou o pedido da Polícia Federal como oportuno. Alessandro Vieira (Cidadania), que em 2019 protocolou pedido de impeachment de Toffoli, diz esperar que a Justiça se mostre igual para todos, pois as denúncias são gravíssimas. Já o senador Izalci Lucas (PSDB) disse que somente a delação não é suficiente, pois não adianta só a palavra de alguém — é preciso ver as provas. Humberto Costa (PT) também fala em cautela e defendeu o ministro dizendo que é uma tentativa de desgastar o STF.


Fonte: Jovem Pan

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