O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um prazo de 48 horas para o presidente Jair Bolsonaro explicar a ameaça de expor o nome dos servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que aprovaram o início da vacinação de crianças de 5 a 11 anos no Brasil. Além do chefe do Executivo federal, o magistrado também determinou que o presidente do órgão, Antônio Barra Torres, preste informações sobre os fatos. O despacho foi assinado na quarta-feira, 22, portanto, o prazo estipulado pelo magistrado está em andamento.
Moraes analisa um requerimento do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que acionou o Supremo após o presidente da República afirmar em sua live da quinta-feira, 16, que divulgaria o nome dos técnicos da Anvisa que autorizaram o início da vacinação do público infantil. “Eu pedi, extraoficialmente, o nome das pessoas que aprovaram a vacina para crianças a partir de cinco anos, queremos divulgar o nome dessas pessoas para que todo mundo tome conhecimento quem são essas pessoas e obviamente forme seu juízo”, anunciou o mandatário do país. No pedido, o parlamentar da Rede afirmou que Bolsonaro “fez questão de propalar aos quatro ventos que não concordava com a decisão técnica da Agência, inclusive ameaçando os profissionais, integrantes do corpo técnico do órgão, que votarem peja aprovação do uso da vacina no público infantil”. A Anvisa autorizou o início da vacinação das crianças no dia 16 de dezembro, mas o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já afirmou que só tomará uma decisão no dia 5 de janeiro, após a realização de uma consulta pública sobre o assunto, iniciada nesta quinta-feira, 23.
Fonte: Jovem Pan