A decisão do Ministério da Saúde de suspender a vacinação de adolescentes de 12 a 17 colocou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na mira da CPI da Covid-19 mais uma vez. Horas depois do anúncio da medida, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou requerimento de convocação do titular da pasta, que já foi ouvido outras duas vezes pela comissão. A ideia também é defendida pelo vice-presidente do colegiado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Segundo apurou a reportagem, a definição sobre marcar ou não o novo depoimento do médico deve ocorrer em uma reunião do grupo majoritário da CPI, o G7, na segunda-feira, 20.
Como a Jovem Pan mostrou, nesta quinta-feira, 16, a CPI da Covid-19 já havia requisitado que o Ministério da Saúde explicasse, em um prazo de 48 horas, quais fundamentos científicos embasaram a decisão. O requerimento foi apresentado por Randolfe Rodrigues e aprovado pelo colegiado. De acordo com a nota informativa da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, órgão da pasta, uma das razões que pautou a decisão é o fato de a Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomendar a imunização de crianças e adolescentes. Ocorre que a OMS diz apenas que a vacinação desta faixa etária não é prioritária. “Em uma rápida pesquisa no site da OMS, o que ela diz é que esta vacinação não é prioritária, por óbvio, porque a prioridade é dos mais velhos, dos adultos. Me parece que há uma diferença gigantesca entre não ser prioritária e essa nota do Ministério da Saúde dizendo que não recomenda”, disse o vice-presidente da comissão.
Fonte: Jovem Pan