Depois de uma semana sem depoimentos, a CPI da Covid-19 retoma os trabalhos na terça-feira, 14, focada no caso da compra da vacina Covaxin, nos negócios da Precisa Medicamentos, empresa criada por Francisco Maximiano, e em uma denúncia feita por médicos e ex-médicos da Prevent Senior que chegou ao conhecimento da comissão no final do mês de agosto. Enquanto planeja o encerramento dos trabalhos, a cúpula do colegiado avalia que as próximas oitivas serão tensas, mas fundamentais para a conclusão das investigações. “Teremos mais uma semana de temperatura elevada”, disse à Jovem Pan o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da comissão.
O novo cronograma de depoimentos foi definido na manhã do domingo, 12, em uma reunião virtual do G7, o grupo majoritário formado pelos senadores independentes e de oposição. As oitivas do advogado Marcos Tolentino e do lobista Marconny Albernaz de Faria ocorrerão, respectivamente, na terça-feira, 14, e na quarta-feira, 15. Tolentino é apontado como sócio oculto do FIB Bank, que emitiu uma carta-fiança de R$ 80,7 milhões como garantia para a Precisa no acordo firmado para a aquisição de 20 milhões de doses da vacina. O depoimento estava inicialmente marcado para a quarta-feira, 1º de setembro, mas foi adiado depois de Tolentino apresentar um atestado alegando “formigamento” no corpo como justificativa para não comparecer. O nome de Faria aparece em uma troca de mensagens que liga a “arquitetura da fraude” a uma licitação para a compra de testes de Covid-19 a fim de beneficiar a Precisa Medicamentos, empresa criada por Francisco Maximiano.
Fonte: Jovem Pan