Usar duas máscaras é realmente eficaz contra o coronavírus? Tire suas dúvidas

O uso de máscara é recomendado como forma de prevenção contra o coronavírus

O Centro de Controle e Prevenção dos Estados Unidos (CDC) divulgou no dia 19 de fevereiro um estudo recomendando o uso de duas proteções: uma máscara de pano por cima de uma máscara cirúrgica. A epidemiologista e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Ethel Maciel, conta que a mudança na recomendação aconteceu em virtude das novas variantes do coronavírus, por elas serem mais transmissíveis. Além dos Estados Unidos, na Europa, usar duas máscaras também se tornou uma recomendação dos órgãos oficiais para aumentar o poder de filtragem da proteção contra a Covid-19. “O conceito da máscara é ser uma barreira física. Quando a gente está usando, a gente está protegendo o outro. Estamos impedindo que as gotículas sejam expelidas no ar e infectem outras pessoas. Quando o outro está usando, ele está nos protegendo”, explica Maciel. Segundo ela, usar uma segunda máscara seria uma forma de, além de proteger o outro, o indivíduo também se proteger.

Ethel explica que a medida seria uma substituição para as máscaras “filtrantes”. “A PFF2 e a N95 filtram o ar. Tanto o ar que você inspira quanto o ar que você expira. Elas filtram partículas muito pequenas, menores do que o próprio coronavírus. Então elas são muito eficientes para impedir que você respire partículas que contenham o vírus”, aponta. Na Alemanha, por exemplo, apenas as máscaras do padrão N95 podem ser utilizadas. Cidadãos não podem usar transporte público ou entrar em supermercados sem a proteção adequada. Esses equipamentos, no entanto, são muito caros. A especialista ressalta que, para que esse tipo de máscara seja obrigatório, é necessário que o poder público tome providências, como reduzir ou zerar impostos do produto e fornecer a N95 para os cidadãos que não têm renda para a compra do equipamento. O uso de segunda máscara surge como uma alternativa para quando as máscaras “filtrantes” não puderem ser adquiridas.


Fonte: Jovem Pan

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