O Ministério da Saúde indicou, nesta terça-feira, 1º, que a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Pfizer em parceria com o laboratório alemão BioNTech não deve ser aplicada no Brasil, por exigir condições especiais de armazenamento, como temperaturas de -70ºC. Em coletiva de imprensa, o secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Arnaldo Medeiros, disse que o imunizante deve ser “fundamentalmente” termoestável por longos períodos, em temperaturas que variem de 2ºC a 8ºC. “O que nós queremos de uma vacina? Qual o perfil de uma vacina desejada? Claro, que ela confira proteção contra a doença grave e moderada, que ela tenha elevada eficácia, que ela tenha segurança, que ela seja capaz de fazer uma indução da memória imunológica, que ela tenha possibilidade de uso em diversas faixas etárias, e em grupos populacionais. E que idealmente ela seja feita de dose única, embora muitas vezes isso talvez não seja possível, só seja possível em mais de uma dose, mas fundamentalmente que ela seja termoestável por longos períodos, em temperaturas de dois a oito graus. Por quê? Porque a nossa rede de frios, nessas 38 mil salas, é montada e estabelecida com uma rede de frios de aproximadamente 2°C e 8°C”, afirmou.
Nesta terça-feira, 1, as empresas farmacêuticas Pfizer e Moderna entraram com pedidos de autorização para o uso emergencial de suas vacinas contra o coronavírus na Europa. A solicitação foi feita à Agência Europeia de Medicamentos (AEM), que deve avaliar os imunizantes até 29 de dezembro e 12 de janeiro, respectivamente. Em comunicado, a entidade afirmou que a aprovação depende dos dados apresentados, que devem ser “suficientemente sólidos e completos para mostrar a qualidade, segurança e a eficácia da vacina”. Além disso, a AEM explicou que as avaliações acontecerão em uma velocidade superior à de costume porque a entidade já vinha recendo informações sobre os imunizantes de forma contínua ao longo da pandemia. No entanto, o órgão alertou que os prazos podem mudar.
Fonte: Jovem Pan