Vacina de Oxford contra Covid-19 apresenta eficácia de 82% após 2ª dose, diz estudo

Segundo a Fiocruz, as evidências apresentadas, até o momento, confirmam a segurança da vacina para idosos

Novos dados sobre a vacina contra a Covid-19 produzida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford reforçam a necessidade de se manter o protocolo de duas doses, previsto no Plano Nacional de Imunização (PNI), mas mostra um nível alto de proteção mesmo com intervalo longo entre as aplicações. O estudo foi publicado pela revista científica “The Lancet” e ainda aguarda revisão. A primeira dose garante 76% de eficácia por três meses, já com a aplicação da segunda dose após esse período, o percentual sobe para 82%. Em casos mais graves, a eficácia após duas doses é de 100%, evitando internações. De acordo com o infectologista Renato Kfouri, as descobertas são benéficas para o plano de imunização do Brasil. “É uma ótima notícia porque permite que esses intervalos maiores façam que, recebendo uma quantidade de vacinas qualquer, consigamos vacinar o maior número de pessoas em um primeiro momento e aguardar uma segunda remessa para a segunda dose. Isso não prejudica em nada a proteção desses indivíduos até que receba a segunda dose. Ótima notícia para o nosso calendário.”

Nesta terça-feira, 02, as agências reguladoras da França, Suécia e Polônia decidiram não recomendar o uso do imunizante em idosos. As autoridades justificaram a medida pela falta de dados sobre os efeitos da vacina em pessoas acima de 65 anos. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ressalvou os poucos dados sobre idosos ao recomendar o uso emergencial do imunizante no país. Apesar de não restringir o uso, o órgão pediu monitoramento de novos estudos das empresas e acompanhamento da população vacinada.


Fonte: Jovem Pan

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