O primeiro-ministro nacionalista Viktor Orbán obteve neste domingo, 3, o seu quinto mandato, sendo o quarto consecutivo, na Hungria. A vitória nas eleições legislativas veio com muito mais facilidade do que o esperado e teve como influência a guerra entre Ucrânia e Rússia. Para enfrentar o primeiro-ministro, a oposição formou uma aliança inédita de seis partidos, com o objetivo declarado de derrotar o governante, que chamam de “autoritário”. Com 94% dos votos apurados, no entanto, o partido de Orbán, o Fidesz, recebeu 53% dos votos, contra 35% para a oposição, de acordo com o Gabinete Eleitoral Nacional. A taxa de participação se aproximou da mobilização recorde das eleições de 2018.
“Conseguimos uma vitória excepcional, uma vitória tão grande que provavelmente pode ser vista da lua, e certamente de Bruxelas”, declarou Orban em um breve discurso após a publicação dos resultados parciais oficiais. Orbán votou ao lado da esposa, Aniko Levai, durante a manhã em uma escola do subúrbio de Budapeste, e havia prometido uma “grande vitória”. O líder da oposição, Peter Marki-Zay, de 49 anos, por sua vez, reconheceu a derrota na noite deste domingo. “Não vou esconder minha tristeza e decepção”, declarou a apoiadores, após acusar o Fidesz de promover uma campanha de “ódio e mentiras”.
*Com informações da AFP