Voto impresso: Câmara vai ‘riscar linha no chão’ e mandar recados ao Palácio do Planalto

Por se tratar de uma emenda à Constituição, proposta precisa de 308 votos em dois turnos

A sessão deliberativa da Câmara dos Deputados desta terça-feira, 10, na qual os parlamentares podem votar a PEC do voto impresso, será marcada por recados duros enviados ao Palácio do Planalto. A votação da proposta de mudança do sistema de eleição do país ocorrerá horas depois do presidente Jair Bolsonaro ter participado de uma cerimônia na qual um comboio militar desfilou pela Esplanada dos Militares. Segundo apurou a Jovem Pan, parlamentares e líderes partidários afirmam que o Congresso Nacional precisa “riscar uma linha no chão” e dar uma resposta a um movimento que foi visto como uma tentativa de intimidar o Legislativo.

A reportagem ouviu parlamentares e interlocutores do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que relataram irritação e incômodo com o desfile militar em celebração à Operação Formosa. Na avaliação destes deputados, Bolsonaro se comprometeu a respeitar o resultado da votação da PEC do voto impresso, de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), mas “dobrou a aposta” antes da análise da proposta. Como a Jovem Pan mostrou, antes de anunciar que enviaria o projeto ao plenário, Lira conversou com o chefe do Executivo federal. Uma das principais bandeiras do mandatário do país, a proposta enfrenta resistências e deve ser rejeitada – por se tratar de uma emenda à Constituição, são necessários, no mínimo, 308 votos, em duas votações.


Fonte: Jovem Pan

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