Os senadores que integram a CPI da Covid-19 aprovaram, nesta quarta-feira, 26, a convocação de nove governadores, do ex-governador do Rio Wilson Witzel, de assessores do presidente Jair Bolsonaro e de ex-auxiliares do Ministério da Saúde. Além disso, foram reconvocados o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o atual comandante da pasta, Marcelo Queiroga. A sessão também foi marcada por um bate-boca entre o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), e o senador Eduardo Girão (Podemos-CE), integrante da tropa de choque do governo no colegiado.
Além de Wilson Witzel, que sofreu impeachment por ter sido considerado culpado por crime de responsabilidade na gestão de contratos na área da Saúde durante a pandemia, foram convocados nove governadores: Wilson Lima (AM), Hélder Barbalho (PA), Mauro Carlesse (TO), Carlos Moisés (SC), Antônio Denarium (RR), Waldez Góes (AP), Coronel Marcos Rocha (RO), Wellington Dias (PI) e Ibaneis Rocha (DF). O requerimento que pedia a convocação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), foi retirado de pauta porque os senadores entenderam que ele não era responsável pela gestão do Estado quando a Polícia Federal (PF) deflagrou a operação, em maio de 2020, para apurar indícios de desvios de recursos públicos para o combate da Covid-19.
Os senadores também aprovaram as convocações de Arthur Weintraub, ex-assessor do presidente Jair Bolsonaro, e Carlos Wizard Martins. O irmão do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub e o empresário são apontados como dois membros do suposto gabinete de assessoramento paralelo, que teria sido utilizado para definir políticas públicas de enfrentamento da crise sanitária sem respaldo científico. O assessor da Presidência para assuntos internacionais, Filipe Martins, também será ouvido. Em seu depoimento à CPI, o ex-presidente da Pfizer no Brasil Carlos Murillo afirmou que Martins participou de uma reunião com executivos da farmacêutica para discutir a aquisição de vacinas contra o coronavírus.
Fonte: Jovem Pan