Wizard nega gabinete paralelo à CPI da Covid-19, mas não responde perguntas de senadores

Empresário Carlos Wizard depôs nesta quarta-feira, 30, na CPI da Covid-19

Em seu depoimento à CPI da Covid-19, Carlos Wizard ficou em silêncio e não respondeu a nenhuma pergunta dos senadores. Amparado por uma decisão do ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que lhe garantiu o direito de não produzir provas contra si mesmo, o empresário, apontado como integrante do gabinete paralelo de assessoramento ao presidente Jair Bolsonaro, se limitou a dizer uma única frase: “Me reservo ao direito de permanecer em silêncio”. Em sua fala inicial, de aproximadamente 15 minutos, ele negou que tenha sido convidado para integrar este grupo de aconselhamento. Presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que irá recorrer à Corte para que Wizard seja obrigado a dizer a verdade ao colegiado.

Diante do silêncio de Wizard, os senadores exibiram vídeos com declarações do empresário bolsonarista, que despachou por aproximadamente um mês no Ministério da Saúde mesmo sem ser nomeado a nenhum cargo. Em entrevistas, ele sugeriu que gestores estaduais inflavam o número de mortes causadas pela Covid-19 para receber mais dinheiro da União. Em uma das filmagens, o depoente diz, com um sorriso no rosto, que cinco pessoas teriam morrido na cidade de Porto Feliz, no interior de São Paulo, porque “ficaram em casa” e não recorreram ao uso de medicamentos comprovadamente ineficazes para o tratamento da doença. Em outro vídeo, Wizard afirma que recebeu do então ministro da Saúde Eduardo Pazuello a missão de “forrar o país” com cloroquina e hidroxicloroquina.


Fonte: Jovem Pan

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