A descoberta de um novo vírus, o completo desconhecimento da doença, a declaração do estado de pandemia, a marca de um milhão de óbitos, e o início da vacinação. Há 365 dias, o mundo paralisava, mesmo que de maneira localizada e momentânea, diante de um vírus que se revelava fatal. Em 31 de dezembro de 2019, a China anunciava o primeiro caso de contaminação pelo novo coronavírus, com origem ainda desconhecida pelos pesquisadores e uma força latente. Em menos de um mês, Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul já registravam casos da nova doença, a Covid-19. Neste um ano, em muitos momentos, o mundo “paralisou”. Escolas e estabelecimentos comerciais foram fechados, eventos cancelados, shows, turnês mundiais, premiações, missas, cultos e até cirurgias eletivas foram interrompidas. No mundo, o novo vírus impôs intensas medidas de isolamento social, escancarou o caos na saúde pública, trouxe impactos inimagináveis para a economia e infectou mais de 8 milhões de indivíduos. O ano de 2020 termina com mais de 1,7 milhão de mortos pela Covid-19 – só no Brasil há mais de 190 mil vítimas da pandemia desde sua descoberta.
Neste 31 de dezembro, lembramos os principais acontecimentos que marcaram o “ano da Covid-19”:
31 de dezembro de 2019 – China anuncia o primeiro caso do novo vírus no país
Há um ano, a China avisou a Organização Mundial da Saúde sobre os primeiros casos de infecção por um novo vírus, ainda desconhecido. Na época, os casos crescentes eram identificados como “surtos de pneumonia no país”. A Tailândia foi o segundo território a anunciar contaminação pelo novo vírus, após um viajante chegar de Wuhan, epicentro da doença em território chinês. Com isso, começaram então os primeiros registros da expansão do coronavírus, que atingiu mais de 188 países no mundo.
21 de janeiro – China confirma transmissão do coronavírus entre humanos
A China confirmou a possibilidade de transmissão do novo coronavírus entre humanos em 21 de janeiro, a menos de um mês após o registro do primeiro caso da infecção. Neste dia, pouco se conhecia sobre a doença, que viria a se chamar Covid-19. No entanto, pesquisadores já destacavam os principais sintomas da contaminação, como falta de ar, dificuldade para respirar, tosse e febre. Em 21 de janeiro, o mundo registrava 200 pessoas infectadas, sendo a maioria delas em Wuhan, primeiro epicentro da doença. Além disso, na mesma data os Estados Unidos registavam a primeira contaminação pelo vírus. O país, que se tornaria o território com maior número de casos e óbitos pela doença, anunciou contágio no Estado de Washington, na Costa Oeste.
29 de janeiro – Mortes pela Covid-19 crescem 24% em um dia
O governo da China anunciou aumento de 24% das mortes pela Covid-19 em 24 horas. No total, 130 óbitos eram contabilizados pela doença, além de 5,9 mil pessoas infectadas. Além da China, outros 14 países já registraram o aparecimento do novo coronavírus, entre eles o Japão e os Estados Unidos.
30 de janeiro – Profissionais de saúde alertam para escassez de itens médicos
Antes mesmo de completar o primeiro mês da descoberta do novo coronavírus, equipes de saúde da China já alertavam para a escassez de itens médicos no país. Máscara de proteção, luvas e outros equipamentos de proteção individual se tornaram raridades, colocando o mundo em alerta e disputa. Ao mesmo tempo, no Brasil, a diretora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, Helena Sato, alertava que o uso de máscaras não era necessário. Meses depois, a recomendação sofreu mudanças e o item médico se tornou obrigatório em todo o país.
31 de janeiro – Países cancelam voos e proíbem entrada de passageiros vindos da China
No que se tornaria uma onda de proibições e medidas, em 31 de janeiro, diversos países cancelavam voos e impunham restrições à entrada de passageiros vindos da China. Com avanço da Covid-19 no país asiático, Irã, Estados Unidos, Austrália e Coreia do Sul, por exemplo, proibiram o ingresso de estrangeiros. Ao mesmo tempo, companhias aéreas suspendiam voos para o território chinês, que registrava 9 mortes pelo novo vírus.
6 de fevereiro – Morre médico que fez primeiros alertas sobre o coronavírus
Morreu em 06 de fevereiro o médico chinês Li Wenliang, um dos primeiros profissionais a sinalizar sobre os riscos do coronavírus. Wenliang, que tinha 34 anos e faleceu em decorrência da doença, chegou a ser alvo de acusações por parte do governo de Wuhan, na China, por ter “espalhar rumores online” e por “perturbar seriamente a ordem social”, chegando a prestar depoimento à polícia local. “Nós estamos profundamente tristes com a morte do Dr. Li Wenliang. Todos nós precisamos celebrar o trabalho que ele fez”, disse a Organização Mundial da Saúde no Twitter.
11 de fevereiro – OMS nomeia como ‘Covid-19’ a doença provocada pelo novo coronavírus
Membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) escolheram o nome da doença provocada pelo novo coronavírus: Covid-19. Segundo o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a escolha aconteceu para evitar estigmatizações. A denominação usou como base um acrônimo em inglês a partir da expressão “coronavirus disease” (doença do coronavírus) e o ano em que foi descoberto, no caso, 2019.
26 de fevereiro – Brasil confirma o primeiro caso da Covid-19 no país
Em 26 de fevereiro, o Estado de São Paulo registrou o primeiro caso do novo coronavírus no Brasil. O primeiro paciente brasileiro foi um homem de 61 anos, que testou positivo após voltar de uma viagem à Lombardia, na Itália. Na época, o país europeu iniciava o que se tornaria uma triste e preocupante alta de casos – e mortes – pela Covid-19. Com a confirmação, o país se tornou a primeira nação da América Latina a contabilizar casos da doença. Em 28 de fevereiro, dois dias após a confirmação do primeiro registro no Brasil, cientistas sequenciaram o genoma do coronavírus identificado no país.
28 de fevereiro – Vendas da cerveja Corona caem R$ 1 bilhão após surto do coronavírus
Prestes a completar o segundo mês da confirmação da Covid-19 no mundo, a fabricante da cerveja Corona, Anheuser-Busch InBev (AB InBev), anunciou, em 28 de fevereiro, prejuízo de US$ 285 milhões (R$ 1,28 bilhão) nas vendas da marca na China desde o avanço no novo vírus. Pela associação do nome “Corona” com o coronavírus, 38% dos consumidores afirmaram que não consumiriam ou comprariam a cerveja, mostrou pesquisa da empresa de relações públicas 5W.
2 de março – Cachorro testa positivo para o novo coronavírus
Cerca de dois meses após a primeira contaminação pelo coronavírus, a Organização Mundial da Saúde Animal confirmou, em 02 de março, o primeiro diagnóstico positivo da doença em um cachorro, que aconteceu em Hong Kong. O animal, que não demonstrou sinais da infecção, passou por exames veterinários, em que foram colhidas amostrar orais e nasais para confirmação da doença. Após testar positivo, o cachorro foi colocado em quarentena.
3 de março – ‘Não há motivo para pânico’, diz Bolsonaro sobre coronavírus
Com 13 casos da Covid-19 no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro defendia que não havia motivos para “pânico”. Em 03 de março, durante pronunciamento oficial, o mandatário afirmou que os ministérios estavam trabalhando para lidar com a doença da melhor forma. “Convoco a população e, em especial, os profissionais da saúde, para trabalhar unidos e superar esse desafio. É um momento de união, ainda que o problema possa se agravar, não há motivo para pânico”, disse. Na época, o mundo se aproximava dos 100 mil casos da doença, que se alastrava por países de cinco continentes.
9 de março – Italiana fica isolada com o cadáver do marido, vítima da Covid-19
Uma italiana precisou ficar isolada em seu apartamento por dois dias com o corpo do marido, vítima do coronavírus. A informação foi confirmada pelo prefeito de Borghetto Santo Spirito, Giancarlo Canepa. Segundo ele, ninguém poderia encostar no corpo da vítima antes de encerrar o período estabelecido para quarentena, sob risco de contaminação pelo vírus. O caso aconteceu logo após a Itália determinar isolamento obrigatório para 16 milhões de pessoas. Ao mesmo tempo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmava os primeiros 100 mil casos da Covid-19 no mundo.
10 de março – ‘Coronavírus não é isso tudo que a grande mídia propaga’, diz Bolsonaro
Um dia após os mercados financeiros registrarem perdas históricas, Jair Bolsonaro negou a existência de uma crise. Em 10 de março, o presidente culpou a imprensa pela situação, afirmando que a doença era “superdimensionada”. “Muito do que tem ali é muito mais fantasia, a questão do coronavírus, não é isso tudo que a grande mídia propaga”, disse. Neste dia, 97 países do mundo somaram 105.586 casos do coronavírus e 3.584 mortes.
11 de março – OMS declara pandemia de coronavírus
Após certa resistência, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 11 de março, a situação pandêmica do novo coronavírus. A definição aconteceu em um momento em que mais de 100 países já sinalizavam casos da Covid-19, com mais de 118 mil registros positivos e, ao menos, 4,2 mil falecimentos pela doença. No entanto, para a OMS, a elevação do status da situação não deveria ser vista de forma equivocada ou razão de pânico. “Descrever a situação como uma pandemia não altera a avaliação da OMS da ameaça representada por este coronavírus e não muda o que a OMS está fazendo e nem o que os países devem fazer”, disse o diretor-geral Tedros Ghebreyesus. No Brasil, o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, garantia que o status de pandemia da Covid-19 não iria alterar “nada” a situação do Brasil. Na época, o país somava 50 casos da Covid-19.
15 de março – Estados decretam quarentena obrigatória em todo o país
Em 15 de março, o governador do Estado de São Paulo, João Doria, decretou quarentena obrigatória para conter a pandemia da Covid-19. A ação, também adotada por outros estados brasileiros, entrou em vigor em 24 de março e durou mais de cinco meses. Mesmo com as proibições, hospitais, farmácias, supermercados, lotéricas e outros serviços essenciais mantiveram funcionamento. Bares, restaurantes, salões de beleza e academias permaneceram fechados para o público.
16 de março – Supermercados alertam para alta procura por alimentos
Com os avanços do coronavírus e a imposição de quarentena obrigatória, redes de supermercados alertavam para o movimento de “estoque de alimentos” por parte dos clientes. Entidades como a Associação de Mercados do Rio de Janeiro e o próprio Ministério da Agricultura chegaram a garantir que não aconteceria desabastecimento no país. No entanto, o resultado foi pouco efetivo. Por isso, alguns estabelecimentos chegaram a limitar o número de itens vendidos por cliente.
17 de março – São Paulo registra 1º morte pelo novo coronavírus no Brasil
Um homem de 62 anos foi a primeira pessoa a morrer em decorrência do novo coronavírus no Brasil. O caso foi confirmado no Estado de São Paulo em 17 de março, cerca de 20 dias após a primeira contaminação no país. O Brasil registrava 301 casos da Covid-19 e o mundo se aproximava dos 234 mil casos da doença. Em um avanço significativo, em 20 de março, o país somava 1.021 infecções e 18 mortes pela doença, segundo as secretarias de Saúde dos Estados, enquanto o Senado Federal aprovava o decreto de estado de calamidade pública pela pandemia, que autorizou o governo a descumprir a meta fiscal de 2020 e, com isso, elevar os gastos públicos para combater a Covid-19.
23 de março – Por ‘histórico de atleta’, Bolsonaro minimiza Covid-19 a ‘gripezinha’
Mesmo com o avanço Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro defendeu a ‘retomada à normalidade’, questionando a necessidade do fechamento de escolas e da paralisação de atividades comerciais. Em 23 de março deste ano, quando o país já contabilizava 46 mortos e 2.201 infectados pelo novo vírus, o chefe do Executivo federal minimizou os efeitos da pandemia e disse que o Brasil precisava era conter o “pânico e a histeria”, além de planejar “estratégias para evitar o desemprego”. Na ocasião, o presidente chegou a dizer que, se fosse contaminado, não teria nada além de uma “gripezinha“. “Eu, caso fosse contaminado, pelo meu histórico de atleta, não precisaria me preocupar, nada sentiria, seria acometido por uma ‘gripezinha’ ou ‘resfriadinho’”, afirmou. Após o ocorrido, médicos rebateram a declaração, reforçando que atletas também podem adoecer pelo coronavírus. Cerca de quatro meses depois, Bolsonaro foi contaminado.
24 de março – COI adia Jogos Olímpicos de Tóquio para 2021
Mesmo com resistências – e atrasos, o Comitê Olímpico Internacional (COI) aceitou, em 24 de março, adiar a disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio para 2021. O adiamento em razão da pandemia foi anunciado pelo primeiro-ministro do Japão, Abe Shinzo. A proposta é que o evento aconteça agora entre os dias 24 de julho e 9 de agosto de 2021. Mesmo com a mudança, o nome da disputa “Tóquio 2020” será mantido, informou o governador Yuriko Koike.
26 de março – Mundo soma 500 mil casos da Covid-19; 20% da população cumpre isolamento
Meio milhão de pessoas já haviam testado positivo para o novo coronavírus em 26 de março, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos. Ao todo, 510.108 pacientes foram infectados, sendo 22.993 vítimas fatais, o que representa uma taxa de mortalidade global de 4,5%. Na data, a China era o país com maior número de registros da Covid-19, com 81.782 casos da doença. Itália e Espanha compunham a lista das três nações com mais afetadas, com 80.539 e 56.197 infecções, respectivamente. Com adesão dos britânicos a medidas de isolamento obrigatório, estimativas apontaram que 20% da população mundial cumpria regime de quarentena.
28 de março – Brasil proíbe entrada de estrangeiros no país
Seguindo um movimento adotado por diversos países, o governo brasileiro proibiu, em 28 de março, a entrada de estrangeiros de todas as nacionalidades no país. O fechamento das fronteiras áreas foi mais uma das ações adotadas pelos países, incluindo o Brasil, para frear a transmissão do coronavírus. A determinação, no entanto, previa algumas exceções, como imigrantes que moram no Brasil, estrangeiros em missão de organismos internacionais e parentes de brasileiros, além dos brasileiros que estejam no exterior. A proibição também não abrangia o transporte de cargas.
2 de abril – Equador vive colapso no sistema funerário
Com aumento de casos da Covid-19 no Equador, a cidade de Guayaquil, segunda maior do país, entrou em colapso funerário em 02 de abril. Sem caixões e cemitérios lotados, corpos chegaram a ficar três dias em casa à espera do serviço. “O mundo não estava preparado para isso. Diante dessa situação, o presidente [Lenín Moreno] ordenou a criação dessa força conjunta para a remoção de corpos. Continuaremos a trabalhar incansavelmente, trabalhando 24 horas por dia, sete dias por semana, para cuidar dos afetados”, disse Jorge Wated, representante do governo para a crise do coronavírus, na ocasião. Ao todo, em 01 de abril, 150 corpos foram retirados de residências, embora nem todas as mortes sejam confirmadas como resultado do coronavírus.
4 de abril – Quase 60% dos brasileiros vivem isolamento social
Em 04 de abril, um estudo apontou que quase 60% dos brasileiros cumpriam medidas de isolamento social. Os dados fazem parte de um levantamento da empresa de softwares In Loco em parceria com a Universidade de São Paulo (USP). Para chegar a porcentagem, a plataforma considerou informações sobre a localização de 60 milhões de usuários no país. A pesquisa mostrou ainda que, na época, o pico do isolamento aconteceu em 22 de março, onde 69,9% da população estava confinada.
8 de abril – Médico chinês alerta para ‘alta probabilidade’ de nova onda da Covid-19
Quatro meses após o primeiro registro do novo coronavírus em território chinês, o chefe do comitê de especialistas da Covid-19 em Xangai, dr. Zhang Wenhong, alertou para a “alta probabilidade” de uma segunda onda da doença acontecer no segundo semestre deste ano, o que, de fato, se concretizou em diversos países do mundo, como Alemanha, Reino Unido, Itália e Estados Unidos vivem a segunda fase de contágios da doença.
16 de abril – São Paulo: Mortes pelo coronavírus aumentam 81% em uma semana
Após a primeira quinzena de abril, as mortes causadas pela Covid-19 cresceram 81,7% no Estado de São Paulo. Segundo dados da Secretaria de Saúde, na época, a região apresentava 778 vítimas da doença e 11.043 casos confirmados, sendo a capital paulista o epicentro da doença no país. Dentre os 645 municípios, 199 já sinalizavam pacientes com a doença e 78 registravam óbitos em decorrência do coronavírus.
21 de abril – Com uso de valas coletivas e caixões empilhados, Manaus tem colapso funerário
Sendo o Estado com maior índice de contaminação proporcional pelo coronavírus, a capital amazonense chegou à beira de um colapso no sistema funerário e passou a utilizar, a partir de 21 de abril, valas coletivas para sepultamento. Na ocasião, a prefeitura da cidade chegou a esclarecer que a “abertura de trincheiras” era uma metodologia adotada em outros países, embora tenha reconhecido “colapso das possibilidades de atendimento” na região. Nos dias seguintes, a Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário (Abredif) sinalizou que, caso Manaus continuasse com a média diária de 130 óbitos, a cidade precisaria sepultar as vítimas usando sacos plásticos. “Se o governo não oferecer um avião para o transporte de urnas, poderemos chegar ao ponto de termos corpos jogados nas esquinas”, disse o presidente da associação, Lourival Panhozzi, sobre a situação. Além da escassez de urnas e do uso de valas coletivas, a prefeitura de Manaus também anunciou, em 28 de abril, que passaria a empilhar caixões em valas comuns mais fundas para conseguir acomodar mais corpos.
22 de abril – Mais de 16 mil brasileiros são repatriados
Com o fechamento de fronteiras e as intensas restrições para aviação comercial, o Brasil, assim como outros países do mundo, iniciaram articulações para repatriar cidadãos. Até 22 de abril, segundo o ministro da Casa Civil, Braga Netto, 16 mil pessoas já haviam retornado ao país, tanto por via terrestre, com o uso de ônibus, quanto por via aérea, com o fretamento de voos. Além do Brasil, outros países, como Estados Unidos e Japão também adotaram medidas para auxiliar no retorno às nações em meio à pandemia.
27 de abril – Rio instala containers para armazenar corpos de vítimas da Covid-19
Assim como em Manaus, a situação do sistema funerário no Rio de Janeiro também era de alerta. Em 27 e abril, hospitais municipais da capital fluminense adquiriram cinco containers para aumentar a capacidade dos necrotérios, armazenando mais 78 corpos. Na época, o Rio contabilizada 382 das 645 mortes pela Covid-19 confirmadas em todo o Estado.
28 de abril- ‘Sou messias, mas não faço milagre’, diz Bolsonaro sobre alta de mortes
Depois de ser questionado sobre o fato do Brasil ter ultrapassado a China em número de óbitos pela Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, em 28 de abril, que não podia fazer milagres. “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”, disse, em referência ao próprio sobrenome. Ainda durante a conversa com jornalistas, o presidente confirmou que mortes iriam ocorrer. “Infelizmente é a realidade.”
2 de maio – Trump espera que mortes por Covid-19 nos EUA fiquem abaixo de 100 mil
Mesmo com o avanço da Covid-19 no território norte-americano, Donald Trump mantinha uma visão otimista quanto a pandemia no país. Em 02 de maio, o presidente dos Estados Unidos disse esperar que o número de mortes pela doença no país ficasse abaixo de 100 mil, o que não aconteceu. Neste dia, a nação norte-americana já registrava mais de 65 mil mortes pela Covid-19, número que supera a marca dos 333 mil óbitos, até o momento.
3 de maio – Brasil supera 100 mil infecções pelo coronavírus
Segundo dados do Ministério da Saúde, em 03 de maio, o Brasil superou os 100 mil casos da Covid-19. São Paulo seguia como o estado mais afetado, correspondendo a 31 mil registros da doença, enquanto o Amazonas, com pouco mais de 6,6 mil casos, se destacava como um dos locais de maior incidência do vírus. Embora os números já fossem alarmantes, no dia seguinte, 04 de maio, a pasta da saúde atualizou as informações, contabilizando então 107 mil casos da Covid-19 e 7.288 óbitos.
5 de maio – Cidades adotam obrigatoriedade do uso de máscaras em locais públicos
Após diversos debates e diferentes orientações, a cidade de São Paulo, assim como outras capitais do país, tornou obrigatório o uso de máscara de proteção em locais públicos. Na ocasião, a prefeitura determinou, inclusive, que a Polícia Militar auxiliasse na fiscalização e cumprimento da medida sanitária. A utilização do item também passou a ser exigida pelas companhias aéreas e empresas de transporte por aplicativos. Na época, até o Cristo Redentor, símbolo da capital fluminense e do Brasil, vestiu o equipamento de proteção.
7 de maio – Cerca de 40% dos brasileiros perderam parte da renda pela pandemia
Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que até o início de maio, quase 40% dos brasileiros tinham perdido total ou parte da renda mensal. Ainda no estudo, 77% dos pesquisados disseram ter reduzido gastos e 53% estavam endividados, sendo que 15% destes contraíram as dívidas durante a pandemia.
16 de maio – Bolsonaro volta a criticar isolamento social: ‘Desemprego, fome, miséria’
Em mais um episódio de críticas a recomendações sanitárias, o presidente Jair Bolsonaro voltou, em 16 de maio, a se posicionar contra as medidas de isolamento social adotadas por diversos países, assim como por estados e municípios brasileiros. Para o chefe do Executivo federal, “o desemprego, a fome e a miséria” seriam parte do “futuro daqueles que apoiam a tirania do isolamento total”, escreveu em publicação no Twitter.
19 de maio – Quem é de direita toma cloroquina, quem é de esquerda, Tubaína, diz presidente
Em 19 de maio, o presidente Jair Bolsonaro fez uma piada quanto ao uso da cloroquina como tratamento para Covid-19. “Quem é de direita toma cloroquina, quem é de esquerda, Tubaína”, disse em entrevista, demonstrando, mais uma vez, seu apoio ao medicamento. A piada de Bolsonaro aconteceu em um momento em que cientistas e entidades de saúde discutiam a eficácia da cloroquina e da hidroxicloroquina contra a doença, assim como seus efeitos colaterais. Neste dia, o presidente chegou a afirmar que o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, assinaria um novo protocolo para ampliar o uso do composto. A nova determinação, de fato, foi assinada um dia depois, em 20 de maio, permitindo que o remédio passasse a ser utilizado até em casos leves da doença. Ao mesmo tempo, um estudo publicado na revista Lancet, e realizado na Escola de Medicina de Harvard com 96 mil pacientes, apontava que a cloroquina aumenta o risco de morte em casos da Covid-19. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Cardiologia também não recomendava o uso de cloroquina ou hidroxicloroquina para o tratamento de infectados pelo coronavírus.
22 de maio – Imprensa europeia chama Bolsonaro de ‘coronacético’
Após diversas declarações contrárias a medidas restritivas e, até mesmo, negando a gravidade da pandemia, a imprensa europeia passou a criticar e questionar a atuação de Jair Bolsonaro frente à crise sanitária, que já atingia mais de 170 mil brasileiros. O Le Figaro, da França, mencionou a queda nos índices de isolamento social “enquanto o presidente da extrema direita Jair Bolsonaro, um coronacético, continua questionando as medidas restritivas adotadas pelos governadores estaduais”. Em Londres, o Financial Times apontou o Brasil como o principal foco de coronavírus do mundo e questionou a subnotificação no país.
24 de maio – OMS: América do Sul se torna o novo epicentro da Covid-19
A Organização Mundial da Saúde reconheceu a América do Sul como o novo epicentro da Covid-19 no planeta. Após a Europa e a China representarem focos significativos da doença, países sul-americanos causaram preocupações a entidade. Segundo a organização, com curvas de contágio “alarmantes”, o Brasil ocupava a posição de país mais afetado da América do Sul.
27 de maio – Mortes por síndrome respiratória aumentam 649% em Minas Gerais
Estudo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) apontou aumento de 649% nas mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Minas Gerais entre os meses de janeiro e abril de 2020, em comparação com a média dos três anos anteriores. No geral, os dados do coronavírus no estado demonstravam controle das infecções. No entanto, a elevação de óbitos pela SRAG pode significar, segundo os pesquisadores, uma subnotificação de mortes pela Covid-19. “Números subestimados podem causar falsa sensação de segurança, e acarretar afrouxamento por parte da população”, disse o professor Stefan Vilges de Oliveira, um dos responsáveis pelo estudo, na época.
11 de junho – Bolsonaro sugere que apoiadores ‘fiscalizem hospitais’
Em 11 de julho, o presidente Jair Bolsonaro pediu que seus apoiadores entrassem em hospitais para fiscalizar a oferta de leitos, ressaltando sua desconfiança quanto aos números da pandemia no país, que ultrapassava 772 mil casos da Covid-19 e 39 mil mortes pela doença. “Tem hospital de campanha perto de você, hospital público, arranja uma maneira de entrar e filmar”, disse em transmissão nas redes sociais. No entanto, a entrada em unidades de saúde sem autorização não é permitida, já que pode colocar em risco os pacientes e visitantes, principalmente em um contexto pandêmico. De fato, deputados estaduais de São Paulo e do Espírito Santo invadiram hospitais com o argumento de “vistoria local”. Os casos foram criticados por autoridades, como o ministro Gilmar Mendes, que classificou os atos como crimes. Na época, o procurador-geral da República, Augusto Aras, chegou a solicitar uma investigação sobre as ocorrências e os casos de agressões a profissionais da saúde.
15 de junho – Oscar, Coachella, Globo de Ouro: Eventos e premiações são adiados
Um dos efeitos da pandemia no entretenimento foi o adiamento de grandes festivais e premiações. Em meados de julho, eventos como o Oscar 2021, o Coachella, o Globo de Ouro e o Bafta 2021 eram adiados ou adaptados para versões online. No caso do Oscar, premiação mais esperada do cinema, o evento deve acontecer em 25 de abril do ano que vem, enquanto o Coachella cancelou a edição 2020 por temores de uma segunda onda da Covid-19 nos Estados Unidos.
19 de junho – Brasil registra 1 milhão de casos de Covid-19
O site WorldMeters informou, em 19 de junho, que o Brasil registrou 1.032.913 infecções pelo novo coronavírus e 48.954 mortes. Ao todo, mais de 460 mil casos eram de pacientes ativos, enquanto cerca de 8,3 mil eram de pessoas em situação crítica. Neste dia, o total de casos a cada 1 milhão de habitantes era de 4.861, e o de mortes, 230. Enquanto isso, o mundo já ultrapassava os 8 milhões de registros da doença, com mais de 25% das infecções concentradas nos Estados Unidos, país mais atingido pelo vírus.
21 de junho – Instituto Butantan inicia testagem da CoronaVac em São Paulo
Em 21 de junho, a médica do Hospital das Clínicas, Stefania Teixeira Porto, de 27 anos foi a primeira voluntária a receber a vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela farmacêutica Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. “Estou contente de participar dessa experiência. É um momento único e histórico. É uma injeção de ânimo poder participar disso e contar para as pessoas no futuro que eu fiz parte disso”, afirmou a médica no dia. A aplicação marcava o início da testagem do possível imunizante contra a Covid-19 no Brasil. Em 23 de junho, a Fundação Lemann informou que a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, também começou a ser testada em voluntários de São Paulo, em aplicação conduzida pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
30 de junho – Demanda por voos domésticos cai 90,97%; empresas abrem falência
Um dos setores mais afetados na pandemia foi o setor aéreo, que chegou a registrar queda de 90,97% na demanda de voos domésticos durante o mês de maio, aponta a Associação Brasileira das Empresas Aéreas. O recuo representa o segundo pior resultado mensal desde 2000. Com aeroportos e fronteiras fechadas, companhias aéreas como a Avianca e a Latam fecharam a entrar com pedido de falência e recuperação judicial.
1 de julho – Brasil restringe entrada de estrangeiros no país
Em publicação de 01 de julho, o governo federal proibiu a entrada de estrangeiros no país. Com o objetivo de frear as contaminações pelo coronavírus, a determinação foi inicialmente imposta pelo prazo de trinta dias, vigorando para pessoas de qualquer naturalidade, via aérea, por rodovias ou transporte aquaviário. Na mesma semana, a União Europeia proibiu a entrada de brasileiros em países pertencentes ao bloco, postura também adotada pelos Estados Unidos no mês anterior.
7 de julho – Bolsonaro testa positivo para a Covid-19
Após inúmeras declarações minimizando a doença, o presidente Jair Bolsonaro testou positivo para a Covid-19 em 07 de julho. Apresentando sintomas da doença, como febre e dor muscular e dor de cabeça, o mandatário passou por exame que confirmou a contaminação. Com o diagnóstico, Bolsonaro se isolou no Palácio da Alvorada e recebeu mensagens de apoio de autoridades políticas do mundo, como da Casa Branca. Membros da OMS, na ocasião, comentaram que o diagnóstico positivo do presidente mostrava que “todos somos vulneráveis” ao vírus, em uma possível referência à declaração de Bolsonaro sobre as baixas chances de evolução da doença pelo seu “histórico de atleta”. João Doria, governador de São Paulo e figura adversária do presidente na pandemia, também se pronunciou na época, desejando “uma pronta recuperação” ao presidente e pedindo que ele “siga as orientações da medicina”. Jair Bolsonaro também testou positivo para a Covid-19 nas duas semanas seguintes, em exames feitos nos dias 15 e 22 de julho, voltando às atividades após o dia 25, quando testou positivo para a doença. O presidente afirmou ter tomado cloroquina desde a confirmação da doença.
12 de julho – Combate à Covid-19 foi marcado por ‘desinformação’ e ‘pânico’, diz Bolsonaro
Em uma publicação nas redes sociais intitulada “a hora da verdade”, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, em 12 de julho, que a “desinformação” e o “pânico” marcaram o combate à pandemia. Em um momento em que o país registrava mais de 1,8 milhão de casos e 71 mil mortes pela Covid-19, o presidente afirmou que “a desinformação foi uma arma largamente utilizada” e o “pânico foi disseminado fazendo as pessoas acreditarem que só tinham um grave problema para enfrentar”, em uma clara alusão aos impactos da crise sanitária na economia. Desde o início da pandemia, o mandatário criticou as restrições e defendeu a reabertura dos estabelecimentos comerciais.
17 de julho – Cidades cancelam festas de Réveillon e Carnaval 2021
Em 17 de julho, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anunciou que a tradicional virada do ano na Avenida Paulista não aconteceria em 2020. Anteriormente, a prefeitura já havia adiado ou apresentado propostas online para outros grande eventos da capital paulista, como a Virada Cultural, a Parada LGBT e a Macha para Jesus. Poucos dias depois do anúncio sobre o Réveillon paulistano, a gestão municipal também confirmou o adiamento do Carnaval 2021, medida também adotada por outras capitais, como o Rio de Janeiro e Salvador.
22 de julho – Austríaca é condenada a seis meses de prisão por furar quarentena
Ao longo de 2020, diversos países adotaram medidas para garantir o cumprimento das medidas sanitárias, consideradas indispensáveis para o enfrentamento da pandemia. Entre as determinações estão toque de recolher, aplicação de multa e intensificação de fiscais, principalmente em regiões litorâneas. No entanto, em 22 de julho, uma austríaca foi condenada a seis meses de prisão por furar a quarentena obrigatória após testar positivo para a Covid-19. Sem máscaras, a mulher de 49 anos esteve em um supermercado e em uma agência dos correios em meados de março, enquanto estava infectada pelo vírus.
5 de agosto – Brasil concentra 80% das mortes de mulheres grávidas ou no pós-parto pela Covid-19
Em 05 de agosto, o Brasil concentrava quase 80% das mortes de grávidas e de mulheres no pós-parto por complicações da Covid-19 de todo o mundo, com 160 óbitos registrados. Na época, estudo apontou que no país, diferente de outras nações, as gestantes estavam morrendo por falta de assistência do sistema de saúde. sendo que 23% das mães não tiveram acesso a leitos de UTI e 36% não chegaram a ser entubadas. Além disso, 15% também não receberam assistência respiratória.
8 de agosto – Brasil bate 100 mil mortos e mais de 3 milhões de infectados
O Brasil ultrapassou no dia 08 de agosto a marca dos 100 mil mortos pela Covid-19. Com 100.477 falecimentos e 3.012.412 milhões de casos confirmados, o país ocupava a segunda posição na lista de nações mais afetadas pela doença. Na época, o estado mais afetado pelo coronavírus era São Paulo, que somava mais de 25 mil mortes, seguido pelo Rio de Janeiro, com 14.070 óbitos, e pelo Ceará, com 7.951. No mundo, dados da Universidade Johns Hopkins apontavam 19.477.290 casos totais da Covid-19, além de 723.531 mortes.
11 de agosto – Rússia registra a primeira vacina contra Covid-19 no mundo
Sob intensos questionamentos sobre segurança, transparência e eficácia, a Rússia anunciou em 11 de agosto o primeiro registro de uma vacina contra o coronavírus no mundo. Na data, Vladimir Putin, presidente do país, chegou a dizer que o imunizante era “eficaz” e garantiu que o composto permite obter uma “imunidade estável” contra o vírus. Além disso, Putin revelou que uma de suas filhas já havia sido vacinada e “passava bem”. Em contrapartida, a comunidade científica questionou a confiabilidade do composto e pediu “cautela” sobre o tema.
17 de agosto – China aprova primeira patente de vacina contra Covid-19
Dias após o primeiro registro de um imunizante acontecer na Rússia, o Escritório de Propriedade Intelectual da China, aprovou, em 17 de agosto, a primeira patente para uma vacina contra a Covid-19, acirrando o que seria conhecido como a corrida mundial pelas vacina. O composto chinês, desenvolvido pelo Instituto Científico Militar e pela empresa biofarmacêutica CanSino Biologics, começou, no entanto, a ser aplicado no final de junho em membros do Exército da China.
24 de agosto – Hong Kong registra 1° caso de reinfecção no mundo
O primeiro caso de reinfecção pelo novo coronavírus aconteceu em 24 de agosto, em Hong Kong. Segundo pesquisadores da Universidade de Hong Kong, um homem de 33 anos recebeu alta após ser curado da Covid-19. No entanto, no início de agosto, o paciente voltou a testar positivo para a doença após regressar de uma viagem da Espanha. Autoridades sanitárias chegaram a sugerir que o homem poderia ser um “portador persistente” da doença, hipótese refutada com exames.
30 de agosto – Mundo ultrapassa 25 milhões de casos da Covid-19
Dados da Universidade Johns Hopkins apontam que em 30 de agosto mais de 25 milhões de casos da Covid-19 haviam sido registrados, sendo os Estados Unidos responsáveis por 23,8% das contaminações, com 5.961.884 ocorrências. Em segundo lugar, o Brasil se aproximava dos 4 milhões de registros da doença, com 3.846.153 de infecções, o que representa pouco mais de 15% dos casos. Índia, Rússia e Peru completavam a lista dos cinco países com mais registros, com 3.542.733, 987.470 e 639.435 casos, respectivamente.
8 de setembro – AstraZeneca suspende testes de vacina por reação adversa em participante
Os estudos clínicos da fase 3 da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca foram interrompidos em 08 de setembro. A suspensão aconteceu depois que um voluntário do Reino Unido apresentou reação adversa. No entanto, em 12 de setembro, a AstraZeneca, em conjunto com a Universidade de Oxford, retomou os testes clínicos, após autorização de órgãos reguladores do Reino Unido, que comprovaram por investigação independente a segurança do medicamento.
11 de setembro – China autoriza testes de primeira vacina em spray nasal
Cerca de um mês após aprovação da primeira patente de vacina contra a Covid-19, a China autorizou, em 11 de setembro, o início dos testes clínicos em humanos de um possível imunizante aplicado por spray nasal. O projeto segue em desenvolvido pelas universidades de Xiamen e Hong Kong e a empresa de biotecnologia Wantai, sediada em Pequim.
17 de setembro – 4 milhões de profissionais da saúde foram afetados pela Covid-19
Em 17 de setembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que 14% dos casos globais da Covid-19, ou seja, 4 dos 29 milhões foram identificados em profissionais de saúde. Considerado um alto registro, a instituição reforçou pedidos para proteção dos agentes de saúde durante a pandemia. Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, embora a situação seja crítica como um todo, alguns países representam índices ainda maiores, com percentuais chegando a 35% de profissionais infectados.
22 de setembro – Donald Trump pede China seja responsabilizada pelo coronavírus
Durante discurso na Assembleia Geral da ONU, em 22 de setembro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu que as Nações Unidas responsabilizem a China pela pandemia de Covid-19. “Precisamos responsabilizar a nação que lançou essa praga sobre o mundo: a China”, disse. A declaração marcou mais um episódio de acusações do presidente contra o território chinês, episódio recorrente em 2020.
26 de setembro – Média de mortes no Brasil cai 10,35% em uma semana
Em 26 de setembro, dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontavam queda de 10,35% na média de mortes pela Covid-19 no país. Em números, segundo a instituição, isso representava 79,23 falecimentos a menos em relação à semana anterior. O pico de óbitos no país foi atingido em 25 de julho, com 1.095,14. Desde então, a taxa oscilou entre tendências de seguidas quedas e novos aumentos.
29 de setembro – Mortes pela Covid-19 ultrapassam 1 milhão em todo o mundo
O número de vítimas da Covid-19 em todo mundo ultrapassou a marca de 1 milhão, segundo dados da Universidade Johns Hopkins. Até 29 de setembro, 1.000.555 pessoas que contraíram a doença já haviam morrido, sendo a maior parte cidadãos norte-americanos, que somavam 205.024 vítimas, demonstrando a gravidade da Covid-19 nos Estados Unidos, situação que ainda se mantém. Brasil e Índia completavam a relação dos três países com mais falecimentos pela doença, com 142 mil e 95 mil mortes, respectivamente.
2 de outubro – Donald Trump testa positivo para a Covid-19
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, testou positivo para a Covid-19 em 02 de outubro. Além de republicano, a primeira dama, Melania Trump, também foi diagnosticada com o vírus. Com o resultado positivo para a Covid-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse esperar que o presidente norte-americano passasse a ter “mais empatia” pelas vítimas da doença. Maria Neira, diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente da instituição sinalizou a “ironia” do mandatário, que subestimou por centenas de vezes a pandemia, ter sido infectado pelo vírus. Trump chegou a ser internado em um hospital para acompanhamento da infecção.