Foi no voluntariado que a Maria Eugênia, de 19 anos, encontrou um refúgio durante a pandemia. A estudante de serviço social conta que sempre quis fazer esse trabalho, mas que esbarrava na burocracia e na falta de experiência. Foi então que ela descobriu a plataforma Atados, uma ponte entre voluntários e Ongs. Um facilitador para quem busca ajuda e quem quer ajudar. Trabalhando remotamente 6 horas por semana, Maria Eugênia troca de experiências com pessoas de todo o Brasil. Ela conta que não vê a hora de encontrá-las fora do ambiente virtual. “Como a gente por enquanto está fazendo tudo online, a nossa equipe de expansão é de todo o Brasil. Tem gente do interior de São Paulo, da Bahia, de Minas Gerais, de Florianópolis. Mas o trabalho voluntário presencial é outra coisa”, pondera.
Criada em 2012, a plataforma Atados desde o início da pandemia passou por transformações. Em um primeiro momento, em virtude do aumento do desemprego e da crise econômica, priorizou as doações. Os bons resultados apresentados no ambiente remoto demonstraram que é possível contribuir e se voluntariar de casa. A plataforma Atados reúne mais de 3 mil ONGs e conta com a participação de mais de 190 mil voluntários. A diretora do projeto, Marina Frota, diz que a busca pelo trabalho voluntário aumentou durante a pandemia. “Quando você pergunta para as pessoas que não são voluntárias porque que elas não são, a grande maioria responde que é porque não tem tempo. Só que tempo é uma questão de priorização, basicamente. Então as pessoas vão pro cinema, vão encontrar a família, vão pra academia, vão fazer um esporte, tem hobbies. Mas, durante a pandemia, esse lazer sumiu, o que fez com que as pessoas pudessem fazer o trabalho voluntário”, diz a diretora.
Fonte: Jovem Pan