Acusado de nove crimes por Renan Calheiros, Bolsonaro nega responsabilidades por mortes

Flávio Bolsonaro acredita que o pai, o presidente Jair Bolsonaro, reagiu ao relatório final da CPI com uma 'gargalhada'

Depois de 64 reuniões em 6 meses de CPI da Covid-19, o relatório final foi apresentado. O relator, o senador Renan Calheiros, chegou ao Senado na quarta-feira, 21, falando sobre a demanda da sociedade por respostas. “Quando a sociedade cobra que sejam responsabilizadas aquelas pessoas que de uma forma ou de outra participaram desse morticínio, é quase unanimidade”, afirmou. O relatório apresentado tem 1180 páginas. Seguindo o regimento, o documento é apresentado pelo relator da CPI, no caso Renan Calheiros. Mas antes do conteúdo final estar pronto, os senadores de oposição ao governo de Jair Bolsonaro e os que se consideram independentes se reuniram e chegaram ao número de crimes que a CPI deve atribuir ao presidente: 9. São eles: crime de epidemia com resultado morte; infração de medida sanitária preventiva; charlatanismo; incitação ao crime; falsificação de documento particular; emprego irregular de verbas públicas; prevaricação; crime contra a humanidade e crimes de responsabilidade.

O senador Flávio Bolsonaro disse que a CPI não poderia denunciar o presidente e foi questionado sobre a forma como o pai dele recebeu as denúncias. “Olha, eu acho que ele receberia da seguinte forma: você conhece aquela gargalhada dele? Porque não tem o que fazer diferente. É uma piada de muito mau gosto o que o senador Renan Calheiros faz”. Além do presidente, outras 65 pessoas e 2 empresas foram apontadas como culpadas no texto final. Nomes que integram o governo fazem parte da lista, como o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, Onyx Lorenzoni, ministro do Trabalho, Wagner Rosário, ministro da Controladoria-Geral da União. Ex-ministros também aparecem: Eduardo Pazuello, que ocupou a pasta da Saúde, e Ernesto Araújo, que comandou as relações exteriores. Os filhos do presidente Bolsonaro, Flávio, Eduardo e Carlos, são acusados pelo relator de manterem o comando de uma rede de divulgação de notícias falsas.


Fonte: Jovem Pan

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