Advogado da Precisa se cala, não esclarece caso Covaxin e sai da CPI da Covid-19 como investigado

Advogado ligado à Precisa, Túlio Silveira depôs nesta quarta-feira, 18, na CPI da Covid-19

Peça central na investigação do caso Covaxin, o advogado da Precisa Medicamentos, Túlio Silveira, decidiu ficar calado em seu depoimento à CPI da Covid-19 e deixou a comissão na condição investigado. Apesar do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, ter determinado que o depoente falasse a verdade sobre fatos que testemunhou, o representante da empresa que intermediou a compra de 20 milhões de doses do imunizante indiano alegou “sigilo profissional” para recorrer ao direito de ficar em silêncio em quase todas as perguntas. A postura de Silveira irritou os senadores, que agora voltam o foco para a oitiva de Francisco Maximiano, dono da Precisa, que será ouvido nesta quinta-feira, 19.

No início da sessão, Túlio Silveira respondeu a perguntas genéricas do relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), que o questionou sobre a função exercida por ele na Precisa Medicamentos e sua atuação profissional. Neste momento, admitiu que abriu seu escritório de advocacia dois dias antes da assinatura do contrato junto ao governo do presidente Jair Bolsonaro. No entanto, ele se negou a esclarecer como a Precisa seria remunerada neste processo – a União empenhou R$ 1,6 bilhão para a compra de 20 milhões de doses da Covaxin –; se, como advogado da empresa, viajou até a Índia para tratar da aquisição das vacinas; e se possuía relação com integrantes do Ministério da Saúde, entre eles o ex-diretor de Logística Roberto Ferreira Dias, exonerado do cargo após o jornal Folha de S. Paulo revelar um suposto pedido de propina que teria sido feito pelo servidor.


Fonte: Jovem Pan

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