Advogados de defesa do impeachment de Donald Trump acumulam casos polêmicos em seus currículos

David Schoen (esquerda) e Bruce Castor (direita) defenderão o ex-presidente Donald Trump no processo de impeachment

O processo de impeachment de Donald Trump começará a ser julgado pelo Senado dos Estados Unidos nesta terça-feira, 9, a partir das 15h do horário de Brasília. Os dois advogados responsáveis por apresentar os argumentos de defesa serão Bruce Castor e David Schoen, que foram contratados de última hora pelo ex-presidente depois que o seu primeiro time de defesa se desmantelou. Por esse motivo, eles tiveram apenas uma semana para trabalhar no caso, que acusa o republicano de “incitação à insurreição” que levou à invasão do Capitólio no dia 6 de janeiro. Esse primeiro dia será dedicado a avaliar se o julgamento é constitucional, algo que os parlamentares passarão quatro horas debatendo antes de votarem sobre a questão. A acusação argumentará que o processo é legítimo, mesmo que já não possa resultar na destituição de Donald Trump, pois avalia eventos que ocorreram de janeiro, enquanto ele ainda ocupava a Casa Branca. Do outro lado, Castor e Schoen tentarão convencer os 100 senadores, que atuarão como jurados, de que o impeachment é inconstitucional pelo fato do seu cliente não ser mais presidente dos Estados Unidos.

Quem é Bruce Castor?

Aos 59 anos de idade, Bruce Castor acumula atuações como advogado de defesa criminal. Segundo o jornal norte-americano The Washington Post, ele se especializou em defender pessoas de acusações de negligência médica e abuso sexual, especialmente os que tiveram as suas reputações arruinadas pelo #MeToo, movimento mundial contra o assédio e a agressão sexual. Entre esses casos está o do jogador de basquete Marko Jaric, que, com a defesa de Bruce Castor, conseguiu se livrar de uma acusação de assediar sexualmente uma mulher. O que tornou o advogado famoso, no entanto, foi o fato dele ter se recusado a acusar o ator e comediante Bill Cosby de ter drogado e abusado sexualmente uma mulher em 2015. Na ocasião, o advogado disse que preferia não pegar o caso porque as próprias ações da vítima durante aquele ano “arruinaram sua credibilidade como uma testemunha viável”. Posteriormente, Bill Cosby foi processado e condenado pelo crime.


Fonte: Jovem Pan

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