Aglomerações e desrespeito a regras marcam início do ‘lockdown noturno’ em São Paulo

Assim como a capital paulista, Santo André também registrou concentração de pessoas em bares durante a madrugada

Rafael José da Silva trabalha em um restaurante na Zona Oeste de São Paulo. Pouco depois da meia noite, ansioso, o sushiman saiu do trabalho em direção ao ponto do ônibus para voltar para casa. “Fica difícil parar 23h e saber que eu estou vindo do serviço, posso ser abordado pensando que estou na farra, bagunçando ou alguma coisa. Mas estou vindo do trabalho”, conta. Grande parte das ruas da capital paulista, ficou vazia na noite desta sexta feira, 26, após as 23h, quando começou a valer o toque de recolher  em todo estado. No entanto, a determinação não impediu que dezenas de pessoas se aglomerassem em áreas boêmias da cidade. Grupos de jovens foram flagrados, bebendo e conversando, próximos uns dos outros, sem máscara. Muitos ouviam música alta e davam risada, como se fosse uma sexta-feira comum.

As novas restrições impostam no Estado de São Paulo, assim como em outras regiões do país, tentam frear o avanço da Covid-19,  que pressiona o sistema de saúde. Atualmente, as taxas de ocupação dos leitos de terapia intensiva são de 70,8% na Grande São Paulo e de 70,4% no Estado. O número de pacientes internados é de 15.173, sendo 8.327 em enfermaria e 6.846 em unidades de terapia intensiva, conforme dados desta sexta-feira. Na capital, 74% dos leitos de UTI e 66% de enfermaria, da rede municipal, também estão ocupados.


Fonte: Jovem Pan

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