Um membro da equipe de “Rust” avisou para Alec Baldwin que a arma era segura momentos antes de o ator disparar e matar acidentalmente a diretora de fotografia Halyna Hutchins, segundo documentos divulgados nesta sexta-feira, 22. O diretor Joel Souza, que estava atrás dela, foi ferido e já teve alta. A polícia de Santa Fé, onde as filmagens estavam sendo rodadas, foi ao set com um mandado para recolher armas e munições usadas nas gravações, bem como o figurino que Baldwin vestia no momento do acidente.
Em depoimento, o ator afirmou que não sabia que a arma estava carregada com munição de verdade. Baldwin disse que a morte foi “um trágico acidente” e que está “cooperando totalmente com a investigação policial para resolver como essa tragédia ocorreu”. Ele também informou estar em contato com o marido dela, oferecendo apoio a ele e sua família. O acidente ocorreu durante as filmagens do longa-metragem “Rust”. Trata-se de um filme de velho oeste, vivido em 1880, estrelado e produzido por Baldwin. Hutchins tinha 42 anos, era diretora de fotografia e fez filmes, curtas e produções para a televisão desde 2012. Ela nasceu na Ucrânia, onde se formou em jornalismo. Depois, em Los Angeles, fez faculdade de cinema.
A morte da diretora de fotografia no set de gravações não foi o primeiro incidente na produção. Site e revistas norte-americanos publicaram algumas reclamações e incidentes que já teriam ocorrido. Segundo o site ‘Deadline’, sete pessoas da equipe de câmeras pediram demissão horas antes do disparo por alegação de outro incidente com arma. “Uma arma teve dois disparos acidentais em uma cabine fechada. Foram dois estouros altos – uma pessoa estava só segurando nas mãos e disparou”, disse uma fonte. Para a ‘Variety’, os funcionários reclamaram da falta de protocolo contra a Covid-19 e de a produção ter deixado a equipe em hotéis baratos que ficavam há uma hora de carro do local das filmagens. Segundo uma fonte do ‘Los Angeles Times’, Halyna era uma das que lutavam por melhores condições de trabalho.
Fonte: Jovem Pan