Aliados de Moro miram ex-bolsonaristas para turbinar candidatura em 2022

Em seu discurso de filiação, Moro disse que teve seu trabalho 'boicotado' pelo governo Bolsonaro

Aliados de Sergio Moro apostam que o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública irá concentrar os votos de eleitores que rejeitam o PT, votaram no presidente Jair Bolsonaro em 2018, mas estão desapontados com a atual administração do país. Na quarta-feira, 10, o ex-juiz da Operação Lava Jato se filiou ao Podemos e fez críticas ao atual chefe do Executivo federal e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seu discurso, o pré-candidato à Presidência afirmou que deixou o governo porque teve o seu trabalho “boicotado”, uma vez que “foi quebrada a promessa” de que o combate à corrupção seria uma das prioridades da gestão. “Chega de Petrolão, chega de Mensalão, chega de rachadinha, chega de Orçamento secreto”, disse em outro momento.

Três integrantes do Podemos ouvidos pela Jovem Pan avaliam que a entrada de Moro na disputa congestiona a terceira via – neste momento, aparecem como postulantes ao Palácio do Planalto os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Simone Tebet (MDB-MS), e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT). Por outro lado, citam a presença dos deputados federais Joice Hasselmann (PSL-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP) e dos ex-ministros Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e Carlos Alberto Santos Cruz (Segov) no ato de filiação como uma sinalização de que a candidatura tem espaço para crescer entre eleitores da centro-direita, movimentos políticos, como é o caso do MBL, ao qual Kataguiri pertence, e entre militares que embarcaram na campanha de Jair Bolsonaro e que hoje fazem oposição.


Fonte: Jovem Pan

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