Ambulâncias de Los Angeles não atenderão pessoas com pouca chance de sobreviver

Na semana passada, a maioria dos hospitais de Los Angeles se recusaram a receber ambulâncias devido à lotação dos leitos

Devido à lotação dos hospitais, as autoridades de Los Angeles instruíram as equipes das ambulâncias a não transportarem pessoas com poucas chances de sobreviver. Além disso, foi recomendado que o oxigênio suplementar das ambulâncias seja administrado somente nos pacientes que precisarem muito dele. As duas diretrizes da Agência de Serviços Médicos de Emergência do Condado de L.A. foram publicadas na segunda-feira, 4, e confirmadas pelo jornal local Los Angeles Daily News, que relaciona o racionamento dos serviços com o aumento no número de casos do novo coronavírus após o Natal e o Réveillon. Segundo o estado da Califórnia, há atualmente oito mil pacientes hospitalizados com a Covid-19 em Los Angeles, sendo que 1.627 estão em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Na semana passada, entre 70% e 90% dos hospitais da cidade fecharam suas portas para as ambulâncias para reduzir as pressões sobre as suas equipes médicas. Os pacientes que conseguiram ser recebidos pelos hospitais tiveram que esperar horas pelo atendimento.

Apesar das novas diretrizes, as autoridades de Los Angeles reiteraram que as ambulâncias ainda poderão transportar para os hospitais pessoas que sofreram emergências típicas, como ataque cardíaco, derrame cerebral ou acidente de carro. Em entrevista à Los Angeles Daily News, a diretora da Agência de Serviços Médicos Emergenciais, Nichole Bosson, explicou que a orientação apenas reforça uma prática que já é comum entre as equipes de ambulância, que é a de não transportar pacientes sem pulso mesmo após tentativas de ressuscitamento. A recomendação sobre o oxigênio, por sua vez, representa uma mudança pequena do ponto de vista quantitativo: anteriormente, os médicos administravam a suplementação quando os níveis de saturação caiam abaixo de 93%; agora, eles só o farão caso os números fiquem abaixo de 90%.


Fonte: Jovem Pan

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