Apesar da ordem de Vladimir Putin no domingo, 27, para colocar em alerta as forças nucleares, os Estados Unidos informaram nesta segunda-feira, 28, que não há nenhuma mudança concreta na posição nuclear da Rússia. “Estamos monitorando e acompanhando a questão muito de perto”, disse um alto funcionário do Pentágono a repórteres. “Não vimos nada de concreto como resultado de sua decisão. Pelo menos não por enquanto”, acrescentou. Apesar das declarações de Putin e de representantes do seu governo que essa seria uma ordem em retaliação às sanções dos países ocidentais, que eles classificaram como hostis e agressivas, o funcionário do Pentágono diz que é difícil saber o que está por trás da ordem do presidente russo, mas que o simples fato dele ter mencionado e ameaçado com forças nucleares é uma escalada significativa na sua invasão à Ucrânia.
O funcionário do Pentágono ainda relembrou que a Otan nunca ameaçou a Rússia. As declarações do Pentágono foram confirmadas por Jen Psaki, porta-voz da Casa Branca, que informou que o presidente americano, Joe Biden, disse que os “americanos não precisam temer uma guerra nuclear”. Quando questionado sobre o referendo que aconteceu no domingo, em Belarus, e que eliminou as obrigações de que a região fique sem armas nucleares, o funcionário disse que não há nenhuma movimentação quanto a isso e nem ao apoio de soldados bielorrussos na guerra. Segundo ele, as forças que entraram na Ucrânia são todas russas”, ele ainda acrescentou que Moscou levou para o território ucraniano “quase 75%” das forças de combate concentradas na fronteira nos últimos meses.