O meio-campista Joshua Kimmich, peça-chave do Bayern de Munique há algumas temporadas, gerou polêmica na Alemanha após revelar, no final de outubro, que se recusou a tomar a vacina contra a Covid-19. A declaração do jogador, também titular da seleção nacional, gerou revolta de ídolos do futebol local, como Paul Breitner, Mario Gómez e Phillip Lahm, além de Angela Merkel. Ao jornal alemão “Frankfurter Allgemeine Zeitung”, a chanceler do país disse: “Há bons argumentos factuais sobre seus questionamentos e dúvidas, que estão amplamente disponíveis. Talvez Joshua Kimmich pense nisso e reconsidere. Afinal, ele é conhecido como um jogador muito reflexivo”, comentou.
Em entrevista à “Sky Sports”, no dia 23 de outubro, Kimmich explicou o motivo para não ser imunizado. “Sim, não me vacinei. Ainda tenho algumas dúvidas sobre estudos de longo prazo. Cumpro todas as medidas de segurança, não sou negacionista da Covid-19 ou antivacina. Existem algumas pessoas que têm dúvidas e elas têm as suas razões”. Desde então, vários ex-jogadores criticaram a decisão do meia do Bayern. “Fui responsável pelo time do Bayern por cinco anos. Ele não jogaria comigo – e também os outros quatro jogadores [que também não se vacinaram], esses cinco não jogariam comigo, sequer treinariam conosco”, disse Paul Breitner.
Ex-capitão da Alemanha, Philipp Lahm também mostrou estar inconformado com a declaração de Kimmich. “Você pode ter essa opinião, mas a pergunta que surge para mim é: como se chega a essa opinião? Eu leio muito, é de onde eu me informo. E não li muitas coisas disseram que a vacina é ruim”, disse o antigo lateral. “Os estádios estão cheios de novo e podemos ficar felizes porque 60, 70, 80% das pessoas foram vacinadas. O fato que a vida pode voltar ao normal novamente é por causa daqueles que estão vacinados. E Kimmich também se beneficia disso”, comentou o ex-atacante Mario Gómez, na Amazon Prime, onde é comentarista.
Fonte: Jovem Pan