AO VIVO: ‘Sou ministro da Saúde, não censor do presidente’, diz Queiroga; acompanhe

Queiroga volta à CPI depois de um mês; ministro será questionado sobre a Copa América no Brasil

A CPI da Covid-19 ouve, nesta terça-feira, 8, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. É a segunda vez que o titular da pasta depõe à comissão – a primeira oitiva ocorreu no dia 6 de maio. Naquela ocasião, o médico cardiologista evitou avaliar a conduta pessoal do presidente Jair Bolsonaro, que promove aglomerações sem o uso de máscaras e prega o uso da cloroquina, remédio ineficaz para o tratamento do coronavírus, e defendeu a autonomia de Estados e municípios para decretar medidas restritivas de combate ao vírus. Desta vez, o ministro será questionado sobre a situação epidemiológica do Brasil, o cronograma da vacinação no país e os protocolos estabelecidos para a realização da Copa América – a partir do próximo domingo, 13, dez seleções vão disputar o torneio continental em quatro sedes: Brasília (DF), Cuiabá (MT), Goiânia (GO) e Rio de Janeiro (RJ).

Antes, porém, os senadores vão votar 24 requerimentos de informações e convocações que foram incluídos na pauta pelo presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM). Como a Jovem Pan mostrou, o grupo majoritário da CPI, o chamado G7, formado pelos sete parlamentares independentes e de oposição, miram o suposto “gabinete paralelo” que assessora Bolsonaro na elaboração de políticas de enfrentamento à crise sanitária. Os membros da comissão podem aprovar as quebras de sigilo telefônico e telemático do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, de Filipe Martins, assessor da Presidência da assuntos internacionais, citados como membros do suposto gabinete paralelo, de Ernesto Araújo (ex-ministro das Relações Exteriores), de Eduardo Pazuello (ex-ministro da Saúde), Fábio Wajngarten (ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência), de Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde do Ministério da Saúde, de Carlos Wizard Martins, empresário, e de Marcos Eraldo Arnoud, conhecido como Markinhos Show, ex-marketeiro de Pazuello na pasta. Acompanhe a cobertura ao vivo da Jovem Pan: 

13:41 – Senadora pergunta se Queiroga pediu que Bolsonaro visitasse hospitais 

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), representante da bancada feminina, perguntou ao ministro da Saúde se ele pediu a Bolsonaro que ele visitasse hospitais durante a pandemia. Marcelo Queiroga disse apenas que sim, ressaltando que o presidente da República está “preocupado com a situação sanitária do Brasil”.

13:25 – Tasso: ‘Omissão, às vezes, é pior que uma decisão errada’

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) criticou o fato de o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, não se posicionar contra a postura do presidente Jair Bolsonaro, que promove aglomerações e não utiliza máscaras em agendas públicas. Para o tucano, o chefe do Executivo federal boicota as orientações dadas pelo Ministério da Saúde e o titular da pasta não se indigna, apenas consente. “A omissão, às vezes, é mais grave que uma decisão errada”, disse Jereissati.

13:11 – Depoimento é retomado 

O senador Otto Alencar retoma a sua fala. Ele pediu desculpas pelo bate-boca. “Se teve algo que foi além do tom, eu peço desculpas”, disse ao ministro da Saúde.

13:02 – Após bate-boca, sessão é suspensa por 10 minutos

Após um bate-boca entre o senador Otto Alencar (PSD-BA) e o ministro Marcelo Queiroga, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), suspendeu a sessão por 10 minutos. O titular da Saúde e o parlamentar da Bahia discutiram sobre a vacinação contra a Covid-19 no Brasil. Queiroga admitiu que não leu a bula de todas as vacinas que estão sendo aplicadas, mas ressaltou que isto não é razão para desqualificar o seu trabalho à frente da pasta. “O senhor está promovendo uma pseudo-vacinação no Brasil”, disse Alencar. “Eu distribuí 70 milhões de doses aos brasileiros”, rebateu, irritado, o médico cardiologista.

12:55 – ‘Governo foi tomado por uma corporação de mentirosos’, diz senador

O senador Otto Alencar (PSD-BA) disse ao ministro Marcelo Queiroga que o governo do presidente Jair Bolsonaro foi “tomado por uma corporação de mentirosos”.

12:42 – ‘Tem que impedir todos os jogos, então, senador’, diz Queiroga a petista 

O ministro Marcelo Queiroga voltou a dizer que a decisão sobre a realização da Copa América no Brasil não compete a ele. O senador Humberto Costa (PT-PE), que já foi ministro da Saúde, afirmou que a presença de delegações de nove países é um risco sanitário, citando o número de infectados registrados, por exemplo, no Campeonato Brasileiro de 2020. “Tem que impedir todos os jogos, então, senador”, rebateu o titular da Saúde.

12:39 – Terceira onda da Covid-19 ainda não está caracterizada, diz Queiroga 

Questionado pelo senador Humberto Costa (PT-PE) sobre uma eventual terceira onda de casos, o ministro da Saúde disse que esta hipótese “ainda não está caracterizada” e ressaltou que o Brasil está em uma segunda onda em platô. Queiroga pontuou, também, que que a abertura dos Estados e municípios e o movimento de pessoas geram um aumento de casos.

12:30 – Depoimento é retomado

Após um breve intervalo, sessão é retomada com a fala do senador Humberto Costa (PT-PE), titular da comissão.

12:20 – Sessão é suspensa por 15 minutos

O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), suspendeu a sessão por 15 minutos.

12:10 – Queiroga diz que não adquiriu mais doses da CoronaVac porque ministério tem doses suficientes para o último quadrimestre 

O ministro da Saúde foi questionado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) sobre os motivos pelos quais a pasta não adquiriu um novo lote, de 30 milhões de doses, da CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan – este quantitativo foi informado à CPI pelo diretor do órgão, Dimas Covas. Marcelo Queiroga afirmou que tomou esta decisão porque o governo tem “doses suficientes para o último quadrimestre”. Além disso, o ministro ressaltou que a Saúde pretende priorizar a compra da ButanVac, vacina nacional, mas ainda não aprovada pela Anvisa.

11:35 – Governistas contradizem ministro da Saúde sobre presença de infectologistas no Ministério da Saúde 

Há pouco, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que não há infectologistas no Ministério da Saúde. Os senadores governistas, porém, contradisseram a versão do cardiologista. “Há, sim”, afirmou Luis Carlos Heinze (PP-RS), integrante da tropa de choque.

11:18 – ‘Não há evidência comprovada da eficácia’ dos medicamentos do kit Covid, diz Queiroga

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que “não há evidência comprovada da eficácia” da cloroquina, azitromicina e ivermectina, medicamentos do chamado “kit Covid”. O uso dos fármacos é defendido pelo presidente Jair Bolsonaro e pela secretária da Gestão do Trabalho e Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como “capitã cloroquina”. Na CPI, o “tratamento precoce” é uma bandeira da tropa governista.

11:09 – Queiroga explica dispensa da médica Luana Araújo e é repreendido por Aziz: ‘Não dá para achar que todo mundo aqui é doido’

Marcelo Queiroga disse que “não houve óbice formal” do Palácio do Planalto para a nomeação da médica Luana Araújo para o cargo de secretária extraordinário de enfrentamento à Covid-19. Os senadores, então, citaram uma declaração feita pelo ministro da Saúde à Câmara dos Deputados, onde afirmou que a escolha foi barrada porque não houve “validação política”, ressaltando que o Brasil vive um “regime presidencialista”. À comissão, Queiroga disse que a decisão de dispensá-la foi dele e que havia uma “divergência política na classe médica”. “Aí já é piada”, reagiu o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Na sequência, Omar Aziz emendou: “Se o senhor não quisesse, não teria nem encaminhado à Casa Civil. Depois que encaminha é que o senhor vê que há divergência? A verdade é a seguinte, ministro: o senhor mesmo disse que é um regime presidencialista, [o nome da doutora Luana] chegou na Casa Civil, olharam os vídeos [com críticas à cloroquina], viram que ela não concorda com a doutora Mayra Pinheiro e optaram por ficar com a Mayra. É só falar, isso não vai mudar muita coisa da sua história junto ao ministério, que espero que seja vitoriosa. Mas não dá para achar que todo mundo aqui é doido ou que não prestou atenção ao que o senhor falou”.

10:59 – ‘Até sexta-feira devemos ter um nome para a secretaria de enfrentamento à Covid-19’, diz Queiroga

Marcelo Queiroga disse que “até sexta-feira” deve anunciar o nome do novo titular da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, posto ocupado por 10 dias pela médica Luana Araújo – a infectologista foi barrada pelo Palácio do Planalto por divergência ideológica. “Até sexta-feira devemos ter um nome”, afirmou o ministro da Saúde. “[O perfil que buscamos é] Alguém que tenha espírito público, qualificação técnica, conheça o Ministério da Saúde e possa me ajudar”, acrescentou.

10:53 – Queiroga diz não ter sido consultado sobre ação de Bolsonaro que contesta decreto de governadores no STF

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse ao relator, Renan Calheiros (MDB-AL), que não foi consultado pelo presidente Jair Bolsonaro ou pela Advocacia-Geral da União sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) que questiona decretos de governadores que restringem a circulação de pessoas. “Meu papel não é discutir ADI, meu papel é vacinar a população brasileira”, afirmou.

10:34 – Queiroga: ‘Decisão de fazer a Copa América no Brasil não compete ao Ministério da Saúde’

Questionado pelo relator, Renan Calheiro, sobre a atuação do Ministério da Saúde na definição do Brasil como sede da Copa América, Marcelo Queiroga afirmou que sua função “nesse episódio não foi dar aval para acontecer a Copa América”.  “O presidente [Jair Bolsonaro] me pediu que avaliasse os protocolos da CBF e da Conmebol. São protocolos que permitem a segurança para a ocorrência dos jogos no Brasil. As autoridades dos Estados que aceitaram realizar os jogos estão de acordo com esse tipo de atividade. A fiscalização se dará por parte das autoridades sanitárias desses municípios. Não vejo, do ponto de vista epidemiológico, uma justificativa que fundamente a não ocorrência do evento. A decisão de fazer ou não o evento não compete ao Ministério da Saúde”, explicou.

10:28 – ‘Sou ministro da Saúde, não sou censor do presidente’, diz Queiroga 

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, volta a dizer que não fará “juízo de valor” sobre a conduta pessoal do presidente Jair Bolsonaro – esta, inclusive, foi a tônica do primeiro depoimento do cardiologista à CPI da Covid-19. “Sou ministro da Saúde, não sou censor do presidente”, afirmou Queiroga.

10:24 – ‘Toda a população brasileira vacinável estará imunizada até o fim do ano’, diz Queiroga

Questionado pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL), sobre a “mudança de curso” promovida pelo Ministério da Saúde no combate à pandemia, Marcelo Queiroga disse que a pasta ampliou “fortemente a campanha de vacinação”, assinou um contrato para a aquisição de mais 100 milhões de doses do imunizante da Pfizer, ponderou que há um contrato com a Moderna, para a aquisição de 100 milhões de doses, na “iminência de ser assinado”. “Isso nos dá a certeza de que a população vacinável brasileira estará vacinada até o final do ano”. O emedebista também reproduziu vídeos do presidente Jair Bolsonaro promovendo aglomerações sem o uso de máscaras. “As medidas não farmacológicas são para todos, sem exceção. O cuidado é individual, mas o benefício é de todos. O Ministério da Saúde tem, de maneira clara, se manifestado neste sentido”, respondeu.

10:18 – Renan Calheiros: ‘Queiroga volta à CPI após depoimento repleto de omissões’

Relator da CPI da Covid-19, o senador Renan Calheiros disse que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, volta à comissão “após um depoimento repleto de omissões e algumas tentativas de não responder a o que nós havíamos lhe perguntado”, o que tornou sua reconvocação “inevitável”. O titular da pasta foi ouvido pela primeira vez no dia 6 de maio e, à época, disse que não faria “juízo de valor” acerca da conduta pessoal do presidente Jair Bolsonaro.

10:14 – Omar Aziz anuncia calendário de oitivas de governadores 

O senador Omar Aziz (PSD-AM) divulgou o calendário de depoimentos dos governadores à CPI da Covid-19. Na quinta-feira, 10, será ouvido Wilson Lima, governador do Amazonas. No dia 16 de junho, será a vez do ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel. Na sequência, as reuniões ocorrerão nas seguintes datas: Helder Barbalho (PA), no dia 29 de junho; Wellington Dias (PI), no dia 30 de junho; Ibaneis Rocha (DF), no dia 1º de julho; Mauro Carlesse (TO), no dia 2 de julho; Carlos Moisés (SC), no dia 6 de julho; Antônio Denarium (RR), no dia 7 de julho; Waldez Góes (AP), no dia 8 de julho.

10:08 – Queiroga omite dados da vacinação no Brasil a cada 100 habitantes

Em sua exposição inicial, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o Brasil é o terceiro país que mais aplicou vacinas contra a Covid-19, segundo dados do portal Our World in Data. O chefe da pasta omite, porém, que o país ocupa a 66ª posição no ranking de doses aplicadas a cada 100 habitantes.

09:45 – Omar Aziz fala sobre onda de violência em Manaus 

Ex-governador do Amazonas e ex-secretário de Segurança Público do Estado, o senador Omar Aziz fala sobre a onda de violência em Manaus. Desde o final de semana, a cidade está sob ataque de facções criminosas, que incendiaram ônibus e viaturas da Polícia Militar, e causaram o fechamento de escolas. Ele lembra que, na segunda-feira, 7, foi cobrado pelo presidente Jair Bolsonaro a se manifestar sobre o caso, mas já havia entrado em contato com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, no domingo, 6. O governador do Amazonas, Wilson Lima, solicitou o envio de tropas da Força Nacional ao Estado.

09:38 – Girão volta a pedir a convocação de prefeitos e ex-prefeitos 

O senador Eduardo Girão (Podemos-CE), integrante da tropa de choque do governo na CPI, voltou a pedir a inclusão de requerimentos de convocação de prefeitos e ex-prefeitos na pauta da comissão. No fim do mês de maio, em uma sessão deliberativa, o parlamentar defendeu a ida dos gestores municipais e foi chamado de “oportunista” pelo presidente do colegiado, Omar Aziz.

09:31 – Requerimentos não serão votados nesta terça 

Os requerimentos de informação e de convocação, incluídos na pauta pelo presidente da comissão, não serão votados na sessão desta terça-feira, 8. De acordo com o Omar Aziz, os senadores vão definir se os pedidos serão analisados na quarta-feira, 9, ou na quinta-feira, 10.

09:30 – Sessão é iniciada 

O presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), deu início aos trabalhos da comissão.


Fonte: Jovem Pan

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