Aos 80 anos, Boris Casoy começa nova graduação e desabafa: ‘Tem que viver até a última gota’

O jornalista Boris Casoy foi o convidado do programa Pânico desta terça-feira, 7

Nesta terça-feira, 7, o programa Pânico recebeu o jornalista e apresentador Boris Casoy. Matriculado no curso de Medicina Veterinária aos 80 anos, em entrevista, ele falou sobre a tentativa de se esquivar daquilo que esperam que seja uma aposentadoria. Para ele, é necessário ser útil e viver intensamente durante o período. “A pessoa vai envelhecendo, o conceito que existe é que a pessoa tem que se aposentar e ir para a praia. Isso é uma bobagem, mata e deprime. Tem que ter uma atividade, se a pessoa for derrotada por uma doença não tem jeito, mas se estiver em condições físicas, tem que se sentir útil, a vida não acaba. Tem que viver intensamente e a faculdade está me dando isso. Eu sou consciente da finitude do ser humano, mas você não pode se encontrar antes da hora. A depressão, essa coisa de ficar triste e pensativo, vai em frente, tudo muda muito, você vai se adaptando. É a vida, você se adapta e tem que viver até a última gota.”

Casoy, que passou por rádios, jornais e emissoras, incluindo a Jovem Pan, comparou a atual geração do jornalismo com a do século passado, onde ele começou sua carreira. “Era um grupo de intelectuais, parte deles tinham vivido a ditadura Vargas, várias crises. Era um pessoal mais preparado sobre o aspecto intelectual e tinha passado pela ditadura militar. Esse pessoal, quando se deu a abertura, tinha experiência e preparo”, disse. “Eu não vejo isso muito claramente agora, mas vejo gente que se acumula por um esforço de trabalho. O ouvinte mudou um pouco, a exigência caiu. A imprensa escrita está numa grande encruzilhada também. Crise econômica, internet e audiência. Vivemos um momento de transição no Brasil”, completou. 


Fonte: Jovem Pan

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