Apenas 1% dos municípios brasileiros já desobrigaram uso de máscaras

60% dos prefeitos ouvidos na pesquisa informaram que vão manter a proteção facial mesmo com toda população imunizada

Na semana em que o Rio de Janeiro e o Distrito Federal flexibilizaram o uso de máscaras em ambientes abertas, especialistas voltaram a recomendar o uso da proteção. Durante reunião em comissão na Câmara dos Deputados, a liberação foi condenada. A secretária extraordinária ao enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite, defendeu que, mesmo com o avanço da vacinação, ainda não é o momento de baixar a guarda. “Nós estamos ainda no status pandêmico, é uma pandemia, algo que nunca foi visto e, muitas vezes, com o passar de quase dois anos, as pessoas parecem que se esquecem. Estamos observando um certo arrefecimento de algumas medidas [sanitárias”, disse. O diretor da Anvisa, Alex Machado, alertou que decisões erradas sobre a retira das máscaras podem ter consequências futuras tanto na economia quanto na saúde pública.

“Estamos vivendo no mundo um grande laboratório. É verdade que ao caminhar da experiência e de convivência com a pandemia o aprendizado vai sendo construído e vai trazendo mais fôlego para novas decisões. Porém, por força dessa própria experiência, sabemos que ainda estamos em um momento de muita cautela. É sabido que há uma comoção pela retomada das atividades, mas isso em nada pode se confundir com o fim da pandemia”, ressaltou.

Um estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta que em apenas 17 municípios brasileiros, ou seja, 1% do país, o uso de máscaras não é mais obrigatório. Ao mesmo tempo, 60% dos prefeitos ouvidos na pesquisa informaram que vão manter a proteção facial mesmo com toda população imunizada. Outros 36% afirmaram que ainda não se decidiram sobre o tema. A confederação apontou que 14,2% das cidades pesquisadas afirmaram que exigem a obrigatoriedade da vacina para frequentar espaços coletivos.


Fonte: Jovem Pan

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