A Polícia Militar do Rio de Janeiro prometeu criar manual para ações em favelas e comunidades. O anúncio foi feito neste sábado, 12, pelo porta-voz da PM, o tenente-coronel Ivan Blaz, e ratificado também pelo comandante do BOPE, Uirá do Nascimento. Esse manual com o passo a passo para os agentes de segurança vem a pedido de uma decisão tomada na semana passada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entre outras medidas, o STF determinou que o governo do Estado do Rio de Janeiro crie um plano de segurança para reduzir a letalidade em operações das forças em áreas carentes e em favelas. O porta-voz da PM fala como vai funcionar esse manual. “Polícias do mundo todo reconhecem esse desafio da que é ser policial no Rio de Janeiro. Você enfrenta armamentos utilizados em guerras em todo o planeta e eles estão aqui em uma região urbana. Você tem que ver que eles não são nossos inimigos, são sociedades assim como nós. Criminosos, facínoras, mas ainda sociedade. Então todas essas necessidades que o STF tem apresentado, o governo do Estado, a Polícia Militar e a Polícia Civil tem cumprido”, explicou Blaz.
Nesta sexta-feira, 11, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, com apoio da Polícia Federal, fizeram uma grande operação na Favela Vila Cruzeiro que fica no complexo da Penha, na Zona Norte da capital. Houve muitos mortos, pelo menos oito, prisões, apreensões, mas o alvo principal da operação, o traficante conhecido como Chico Bento, não foi encontrado. O comandante do BOPE falou dessa situação em que os agentes do Estado precisam combater o crime e, ao memso tempo, tem que atender as demandas do STF. “Nós temos ações planejadas, ações emergenciais e essas questões precisam estar muito estabelecidas. Até para o civil, né? A sociedade tem que ter o conhecimento de quando a polícia opera em determinado local e de como ela pode fazer essa operação. Então é importante se comunicar bem com a sociedade civil e fazer todos os ajustes exatamente para trazer segurança a todos os cidadãos”, afirmou Nascimento. O governo do estado do Rio de Janeiro comprou recentemente mais de 20 mil câmeras corporais e está instalando GPS em todas as viaturas dessas forças de segurança e promete, assim como determinou o STF, apresentar esse plano de redução da letalidade no prazo estabelecido de 90 dias.
*Com informações da repórter Rodrigo Viga