Após afastamento de seis meses por importunação sexual, Fernando Cury deve retornar à Alesp

Recentemente, Fernando Cury reconheceu que o ato foi inapropriado, mas que não foi crime pois não houve intenção de contato sexual

Após o fim do afastamento de seis meses do deputado Fernando Cury por importunação sexual contra a deputada Isa Penna, o parlamentar deve retornar às atividades na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Nesta quarta-feira, 7, aconteceu a primeira sessão da Casa em que Cury poderia participar. Porém, ele não compareceu. Isa Penna afirma que o clima ainda é tenso entre os parlamentares a respeito do caso e reconhece que ela mesma tem receio de como será reencontrar o colega. A convivência nossa no plenário já vai ser difícil. Como vou estar lá, ele vai estar e vou ter que olhar para a cara dele”, disse. Desde o dia 14 de abril, a Justiça tenta notificar Fernando Cury da denúncia do Ministério Público pelo crime de importunação sexual. O deputado ainda não é réu, ele precisa apresentar defesa antes do Tribunal de Justiça para definir se aceita a denúncia. Para Isa Penna, o parlamentar será condenado.

“Uma vez condenado, acredito que a Assembleia Legislativa vai ter que reavaliar, porque se ele é condenado na Justiça Criminal, em tese, seria escandaloso ele permanecer como deputado, como se a violência sexual não fosse um crime tão grave quanto os outros”, pontuou. O caso aconteceu em dezembro do ano passado. Imagens da sessão mostram o momento em que Cury apalpa o corpo da colega. Após o caso, ele foi penalizado com a perda temporária do mandato. Segundo a deputada, o rumo que o caso tomou tem sido importante para avançar na discussão sobre assédio sexual no Brasil. “A gente viu que foi um efeito cascata e aí tem mulheres denunciando. A gente tá só vendo a semente de uma mobilização muito maior que virá nos próximos anos, que é contra as formas de dominação da mulher, em especial a violência sexual”, disse. Recentemente, Fernando Cury reconheceu que o ato foi inapropriado, mas que não foi crime pois não houve intenção de contato sexual.


Fonte: Jovem Pan

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