Durante uma audiência pública no Senado, o chanceler Carlos Alberto França contou que recebeu a notícia nesta quinta-feira, 6, de que o governo chinês autorizou a exportação de IFA previsto para o mês de maio. A informação, segundo ele, foi dada pelo embaixador do Brasil na China. A garantia foi dada um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro insinuar que o país asiático teria se beneficiado economicamente com a pandemia e dizer que os militares brasileiros sabem que se trata de uma “guerra química, bacteriológica e radiológica”. No mesmo dia, porém, o presidente negou que tenha se referido à China.
Na ausência do Senado, o ministro de Relações Exteriores exaltou a relação entre o Brasil e o país asiático. “Eu acho que não há nenhum problema político nessa questão que permeia ou atrapalhe a nossa produção de vacinas aqui. Somos grandes parceiros e não há razão para que deixemos de sê-lo.” Carlos Alberto França também foi questionado sobre a decisão dos Estados Unidos de apoiar a suspensão de patentes de vacinas contra a Covid-19. Na avaliação do chanceler, suspender as patentes não vai acelerar a produção de vacinas contra a Covid-19 em países em desenvolvimento. Segundo ele, o problema é a falta de insumos e a falta de apoio dos laboratórios.
“O maior gargalo hoje, para o acesso às vacinas, são os limites materiais da capacidade de produção. E, segundo os especialistas, vacinas são quase impossíveis de copiar a curto e médio prazo sem o apoio dos laboratórios que a desenvolveram. Mesmo com o auxílio da patente.” Durante a audiência pública, França informou que tem uma reunião com a representante de Comércio do governo norte-americano, Katherine Tai, marcada para sexta-feira. O objetivo da conversa é entender melhor o novo posicionamento do governo de Joe Biden.
*Com informações da repórter Nicole Fusco
Fonte: Jovem Pan