Apesar de determinar a troca do comando da Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a afirmar neste sábado, 20, que “não houve qualquer interferência” na estatal. “Não é fácil, mas vamos buscar soluções. Não vai nos faltar coragem de decidir. Não houve qualquer interferência na Petrobras, tanto é que continua esse reajuste de 15%”, disse o presidente, se referindo ao último aumento de combustíveis anunciado pela empresa na semana passada e estopim para a saída de Roberto Castello Branco da presidência. Bolsonaro anunciou nesta sexta-feira, 19, a indicação do general Joaquim Silva e Luna, atual diretor-geral da Itaipu Binacional, para o cargo.
Em um vídeo publicado no Instagram do filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o presidente criticou Castello Branco e a diretoria da estatal por adotarem medidas de isolamento social por conta da pandemia da Covid-19. “Vocês sabiam que desde março do ano passado, o presidente da Petrobras está em casa, assim como toda a sua diretoria?”, questionou o presidente, “Não dá para governar, estar à frente de uma estatal, dessa forma. Coisas erradas acontecem. O novo presidente, caso aprovado pelo conselho, espero que seja aprovado pelo conselho, vai dar uma nova dinâmica para a Petrobras.”
Bolsonaro também afirmou que o valor da gasolina poderia estar 15% mais barato se os órgãos de fiscalização “estivessem funcionando”, antes de citar a Petrobras, o Ministério de Minas e Energia, a Receita Federal, “que tem que ver nota fiscal, e não vê”, e o Inmetro. “São outros órgãos que ninguém nunca se preocupou em fazer absolutamente nada. Quando há aumento de combustível, o pessoal aponta e atira no presidente da República. Isso vai começar a mudar, começou a mudar. Temos que tirar quem está na frente da Petrobras”, disse.
Fonte: Jovem Pan