A Academia Internacional das Artes e Ciências Televisivas dos Estados Unidos anunciou na tarde desta terça-feira, 24, que vai retirar o prêmio Emmy entregue em 2020 ao ex-governador de Nova York, Andrew Cuomo, por causa da uma série de acusações de assédio sexual supostamente cometidas por ele contra funcionárias do escritório governamental. A decisão foi tomada duas semanas após o democrata renunciar ao cargo alegando inocência, mas justificando que não faria o estado gastar recursos que poderiam ser voltados ao controle da Covid-19 com um processo de impeachment. “Diante do comunicado da Procuradoria-geral de Nova York e da renúncia subsequente de Cuomo como governador, rescindimos o prêmio Emmy que ele recebeu em 2020. O nome dele e qualquer referência à premiação recebida será eliminada dos materiais da Academia Internacional”, disse comunicado divulgado à imprensa.
Cuomo tinha ganhado o “International Emmy Founders Award” em 2020 por “comunicação efetiva e liderança durante a pandemia da Covid-19”. A justificativa dada para a escolha do governador foi de que ele usou a televisão para informar e acalmar os telespectadores no início da crise mundial. “Pessoas do mundo inteiro sintonizaram nos comunicados diários do governador para entender o que estava acontecendo e o estado logo se tornou um símbolo de determinação para lutar contra a doença”, disse o presidente da Academia, Bruce L. Paisner, ao anunciar a homenagem a Cuomo em 2020. Em outros anos, o “Founders Award” já foram dados a outras personalidades do país, como Oprah Winfrey, Steven Spielberg e J.J. Abrahams.
Fonte: Jovem Pan