Atletas brasileiros driblam o isolamento para disputar a Olimpíada

Caio Souza, da seleção brasileira de ginástica artística, treina em casa durante a quarentena

A pandemia de Covid-19 adiou os Jogos Olímpicos de Tóquio para 2021. A decisão, junto com uma quarentena global, mudou os planos dos atletas que concorrerão a medalhas no país asiático. Com as competições suspensas, como manter a série de treinamentos dentro de casa e se manter em forma para o ano olímpico? Essa foi a pergunta que rondou a cabeça dos atletas, principalmente daqueles que não têm estrutura em casa, como Caio Souza, ginasta medalhista pan-americano em Lima 2019 e membro da seleção brasileira de ginástica artística. O carioca precisou se adaptar ao confinamento e até construiu aparelhos. “Foi bastante difícil, ninguém estava esperando, mas o pessoal da seleção brasileira se organizou. Os técnicos e a comissão montaram uma série de treinamentos online. De segunda a sexta-feira, nós tínhamos os treinos das 9h ao meio dia. Uma solução que eu achei também foi fazer alguns aparelhos auxiliares. Construí um cogumelo para simular o cavalo e uns tacos de madeira para simular a [barra] paralela. Foi dessa forma que eu consegui me manter em forma”, contou o ginasta à Jovem Pan.

Apesar dos perrengues, Caio afirma que teve o apoio da Confederação Brasileira de Ginástica. “A CBG estava por trás de todo o treinamento e tinha médico, fisioterapeuta, todo um cronograma montado. Tinha a fisioterapia, a parte física mais geral, a parte física mais específica, depois brincadeiras para manter a cabeça livre do que estava acontecendo. Tivemos palestras com médicos sobre lesão, com nutricionista também, entre outras coisas”, contou. Ele ganhou um recesso de duas semanas no final de 2020 e voltará ao cronograma no dia 4 de janeiro, já focado para os Jogos, que começam em julho. “Tenho algumas competições já agendadas, mas elas seguem sem confirmação por causa do coronavírus. Terei umas duas ou três competições antes dos Jogos Olímpicos. Eu realmente espero que os Jogos aconteçam. Obvio que, na medida do possível, com todo o cuidado que eu acredito que a organização do Japão vai criar. Olimpíada é importante, mas a vida é muito mais. Quero que essa Olimpíada seja inesquecível. Acredito que vai ser por causa dessa questão do Covid-19. Espero estar preparado e me apresentar da melhor maneira possível”, acrescentou o atleta.


Fonte: Jovem Pan

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