Aval da OMS à CoronaVac pode facilitar circulação de brasileiros, diz especialista

A entidade considerou os dados da pesquisa clinica apresentados pelo Instituto Butantan

Especialistas apontam que o principal impacto da aprovação da CoronaVac pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é que mais países vão poder adquirir e usar a vacina contra a Covid-19. O imunizante do laboratório chinês Sinovac, que teve apoio do Instituto Butantan para a finalização da pesquisa do imunizante, é o sexto composto a receber a chancela da entidade de saúde. Mérces Nunes, especialista em direito médico, diz que essa aprovação tem impacto na retomada da economia e do turismo mundial, já que a CoronaVac seria incluída no chamado “passaporte da imunização”. “Não aceitar os passageiros, os turistas que tenham tomado a CoronaVac significa quebrar uma possibilidade grande de divisas e de recursos que os países podem Recber com os turistas chineses”, explica. O anúncio da aprovação de uso emergencial foi feito nesta terça-feira, 1º, pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom. Ele disse que a vacina é segura, efetiva e de qualidade garantida após aplicação de duas doses. A entidade considerou os dados da pesquisa clinica apresentados pelo Instituto Butantan, que mostram eficácia de 51% da vacina para casos leves e 100% para casos graves.

A instituição de São Paulo disse ter recebido a notícia com satisfação e entusiasmo. Segundo a assessoria de imprensa do Butantan, a produção nacional não deve ser impactada mesmo que haja mais demanda mundial e que problemas com insumo podem decorrer de relações diplomáticas entre Brasil e China. Por enquanto, o instituto fornece doses apenas para o Ministério da Saúde, mas quando finalizar os contratos acordados pode atender até pedidos internacionais, desde que tenha todas as autorizações dos órgãos brasileiros. Atualmente, a CoronaVac responde por mais da metade dos brasileiros imunizados contra a Covid-19. Segundo atualização do portal Localiza SUS, até o dia 1 de junho, 62% das doses aplicadas no pais eram do Butantan.

*Com informações da repórter Carolina Abelin

 


Fonte: Jovem Pan

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