Em um momento de escassez das vacinas contra a Covid-19, a alemã BioNTech formou uma aliança com outras 13 empresas concorrentes, incluindo a Novartis e a Sanofi, para produzir dois bilhões de doses ainda em 2021. Em entrevista ao jornal norte-americano The Wall Street Jorunal, o presidente-executivo da BioNTech, Ugur Sahin, disse ter percebido no ano passado que a sua parceria com a Pfizer não seria suficiente para atender à demanda mundial. O diretor de operações da empresa, Sierk Poetting, acrescentou que a experiência demonstrou a urgência de fazer novas parcerias para cumprir os seus compromissos na União Europeia, que tem enfrentado problemas para receber vacinas contratadas.
Um dos desafios a serem enfrentados pela nova aliança é o fato da vacina da BioNTech usar técnicas novas e sofisticadas que requerem poucos ingredientes e muita experiência. Isso implica em uma cadeia de abastecimento vulnerável a controles de exportação que a União Europa, o Reino Unido e os Estados Unidos impuseram nos últimos meses, segundo funcionários da empresa. Além disso, o número de parceiros, a complexidade do processo e as matérias-primas necessárias à produção da vacina da empresa – de DNA a enzimas, sais, açúcares e vários lipídios – tornam a cadeia de abastecimento delicada, com muitas possibilidades de gargalos.
Fonte: Jovem Pan