O presidente Jair Bolsonaro comentou nesta quarta-feira, 9, sobre a inflação, que teve a maior alta para maio em 25 anos e atingiu 8,06% em 12 meses. Para ele, o índice, bem acima do teto da meta do governo para o ano, que é de 5,25%, é resultado do que chama de política do “fique em casa e a economia a gente vê depois”. Segundo Bolsonaro, a situação estaria ainda pior se o agricultor tivesse parado durante a pandemia. “Vocês lembram muito bem, lá em março, ‘fique em casa, a economia a gente vê depois’. Está vendo, a política do lockdown, fecha tudo, fecha comércio destrói empregos. Imagina se o campo, se o agronegócio, tivesse parado. Não teríamos inflação, teríamos desabastecimento”, disse em conversa com apoiadores. O presidente também disse considerar uma “missão” receber R$ 23 mil por mês líquidos como salário pelo cargo que ocupa. O mandatário lembrou que ministros, como o da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, poderiam ter vencimentos muito maiores caso fossem para a iniciativa privada. O presidente garante, no entanto, que não está insatisfeito com o salário.
“Vocês sabem quanto eu ganho líquido por mês? Não vou reclamar do meu salário, deixar bem claro que não estou reclamando. Sabe quanto eu ganho somando tudo e tirando o desconto obrigatório até o mês passado? R$ 23 mil. Não estou reclamando, fica tranquilo, isso é missão”, disse. Embora tenha citado o valor de R$ 23 mil, é bom lembrar que, no fim do mês de abril, o Ministério da Economia publicou uma portaria que permite a reservistas e servidores públicos aposentados que ainda ocupam certos cargos públicos receberem acima do teto constitucional. Com isso, não só Bolsonaro, mas o vice-presidente da república, general Hamilton Mourão, e outros integrantes do primeiro escalão do governo, como os ministros da Defesa, Walter Braga Netto, e da Casa Civil, Eduardo Ramos, passarão a receber mais de R$ 40 mil em valores brutos.
Fonte: Jovem Pan