Durante uma transmissão online organizada pelas centrais sindicais, o presidente Jair Bolsonaro virou alvo de críticas de ex-chefes do Executivo, lideranças de movimentos sociais e artistas. Neste ano, os representantes dos sindicatos reivindicaram vacinação contra Covid-19 para todos os brasileiros e auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Brasil está sendo “devastado pelo governo da incompetência” e ressaltou que muitos brasileiros estão passando fome com a redução do benefício. “Mesmo assim, em plena pandemia, o governo nega ao povo o auxílio emergencial de R$ 600 para que ele seja capaz de suprir suas necessidades básicas. Meus amigos e minhas amigas, nos últimos anos, andamos para trás, a economia brasileira encolheu e é, hoje, 7% menor que em 2014.”
A ex-presidente da República, Dilma Rousseff, também criticou a forma que Bolsonaro tem conduzido a pandemia e classificou o momento pelo qual o Brasil passa como uma “catástrofe sanitária e social”. “O país está submetido ao comportamento genocida de um governo que despreza a vida e desdenha dos que choram pelos seus mortos. Ao revogar conquistas alcançadas pelos trabalhadores ao longo de 13 anos de governos progressistas, o governo neoliberal e neofacista jogou o país ao abismo”, afirmou. Por sua vez, Ciro Gomes, ex-governador do Ceará, disse que este foi o “pior 1º de maio” da história. “Esse é 1º de maio de maior número de mortes de brasileiros inocentes e indefesos, vítimas da parceria trágica de um vírus mortal com um governo criminoso. O 1º de maio com maior número de desempregados, que já passam de 14 milhões.
O 1º de maio com maior número de de trabalhadores jogados cruelmente na informalidade sem nenhum tipo de garantia, o 1º de maio com maior número de fome, com os maiores índices de desigualdade”, disse Ciro. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também participou da live, mas não fez críticas diretas ao governo federal. Em um vídeo exibido durante o evento, FHC defendeu a reabertura da economia para garantir a geração de empregos. “É fundamental para o nosso país é reabrir a economia de modo que ela possa permitir que tenhamos trabalho, renda, para as nossas famílias. Depois a educação, que também é fundamental”, ressaltou. O tucano ainda disse que, durante toda a sua trajetória política, procurou prestigiar aqueles que lideram os trabalhadores brasileiros.
Fonte: Jovem Pan