O presidente Jair Bolsonaro ironizou nesta sexta-feira, 15, o seu possível indiciamento pela CPI da Covid-19. Além do relator do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que já adiantou que deve atribuir 11 crimes ao chefe do Executivo, um relatório paralelo protocolado pelo senador Alessandro Vieira sugere o indiciamento de Bolsonaro em cinco crimes na gestão da pandemia: infração de medida sanitária preventiva, crime de epidemia, de responsabilidade, contra a humanidade e incitação ao crime. O relatório paralelo afirma que a estratégia do governo federal era de “minimizar a pandemia; criar falsa dicotomia entre e economia e saúde; ações deliberadas para descredibilizar outros Poderes e instituições; disseminação de fake news; comportamento inadequado de líderes públicos; promoção deliberada de medicamentos sem eficácia comprovada e de descaso com indígenas”. Segundo o documento, após ampla investigação, estima-se que até 400 mil mortes eram evitáveis.
O relatório da CPI da Covid-19 vai pedir o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro por 11 crimes. São eles: epidemia com resultado de morte; infração a medidas sanitárias; emprego irregular de verba pública; incitação ao crime; falsificação de documentos particulares; charlatanismo; prevaricação; genocídio de indígenas; crimes contra a humanidade; crime de responsabilidade; e homicídio comissivo por omissão. O texto, incumbência de Calheiros, será lido na terça-feira, 19, e votado na quarta-feira, 20. Nesta sexta, Jair Bolsonaro ironizou um trabalho do senador. “Na verdade, ele me chamou de homicida. Um bandido daqueles. Bandido é um elogio para ele”, disse Bolsonaro em conversa com apoiadores. “O que se passa na cabeça do Renan Calheiros naquela CPI? Esse indiciamento vai, para o mundo todo, que eu sou homicida. Eu não vi nenhum chefe de Estado ser acusado de homicida por causa da pandemia. E olha que eu dei dinheiro para todos eles. Agora o Renan Calheiros não se interessou em apurar o Consórcio do Nordeste”, ressaltou o presidente.
*Com informações do repórter João Vitor Rocha
Fonte: Jovem Pan