‘Bolsonaro pode ir ao segundo turno, mas não leva presidência em 2022’, aposta Mandetta

Mandetta afirmou, em entrevista à reportagem, que 'jamais pediria demissão' do governo federal

Há cerca de um ano, na manhã de 26 de fevereiro de 2020, os olhos dos brasileiros se voltaram aos noticiários para acompanhar a confirmação do primeiro caso de Covid-19 em território nacional. Na ocasião, em entrevista coletiva, o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, comunicou à população o início da contaminação no Brasil. Iniciou-se, segundo ele, um processo de localização das pessoas que tiveram contato com o infectado para conter o espalhamento do vírus. No entanto, o novo coronavírus se fez mais eficiente, disseminando-se rapidamente, atingindo 10.718.630 brasileiros e causando 259.271 mortes até esta quarta-feira, 3, segundo dados oficiais do Ministério da Saúde. Um ano após comunicar o primeiro caso da doença no país, acompanhar a evolução do número de contaminados e ser substituído na pasta, Mandetta, em entrevista à Jovem Pan, lembrou o início da pandemia e analisou a gestão do governo federal durante o período. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro “jogou a favor do coronavírus”.

Confira a entrevista com o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta:

Qual a primeira memória que o senhor tem sobre a pandemia?
A primeira memória que eu tenho é a do Wanderson, meu antigo secretário, entrando no gabinete e dizendo: “Ministro, há ruídos sobre um novo vírus na China. Temos que questionar a OMS para que ela nos dê informações”. Isso ocorreu no início de janeiro, antes de a China reconhecer a existência do vírus, antes de a Organização Mundial de Saúde afirmar a emergência da situação. Eu o respondi: “Então que façamos isso”. Essa cena me marcou muito porque o Brasil foi um dos primeiros países do mundo a questionar a OMS sobre a circulação de um novo vírus na China. Essa também foi a primeira vez em que ouvi falar sobre o novo coronavírus.


Fonte: Jovem Pan

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